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Topic: Escassez digital, caso Yanomami e as formas de mineração (Read 108 times)

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E essa % ocorre porque compensa. Então, você nem precisa de separar em casa, quando o lixo é recolhido e antes de ser incinerado ou depositado na lixeira, é escolhido e retirado todas as latas de alumínio. É aqui que entra a minha critica aos modelos de reciclagem. Se fazem isso com o alumínio, porque não fazem com o resto? Eu sei... não compensa...

O alumínio no Brasil é separado por catadores no lixao ou direto no lixo doméstico mesmo. Esse alto percentual não é por separação.

É uma questão social. Como a lata vazia vale muito, o pessoal bem humilde vive de coletar. São chamados catadorezls
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Isso depende do material, pode ser o caso do plastico.

Mas por exemplo, a reciclagem de aluminio é super lucrativa.

Por exemplo, no Brasil cerca de 98.7% das latas de aluminio sao recicladas.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-04/brasil-registra-reciclagem-de-987-de-latas-de-aluminio-em-2021

mas nesse mesmo artigo ele comenta como é dificil reciclar o plastico, e que o indice aqui no Brasil é muito baixo para o plastico.

Só compensa em produtos onde existe pouco no mercado e que exige uma forte despesa na sua mineração.

E essa % ocorre porque compensa. Então, você nem precisa de separar em casa, quando o lixo é recolhido e antes de ser incinerado ou depositado na lixeira, é escolhido e retirado todas as latas de alumínio. É aqui que entra a minha critica aos modelos de reciclagem. Se fazem isso com o alumínio, porque não fazem com o resto? Eu sei... não compensa...
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A questão é que o ouro precisa existir para a produção de milhares de produtos de uso real, enquanto o BTC “não precisa existir” e até “força usecases para fingir precisar existir”. Digo isso em aspas pois são argumentos de quem é hater das cryptos. Não que eu acredite nesses argumentos, mas eu considero eles válidos (é questão de opinião e varia de vivência para vivência).

Também podemos falar dos milhares de produtos oriundos do semi trabalho escravo em países de terceiro mundo. Lembram das discussões sobre a China, Vietnam, etc… e a sua mão de obra exploitada e barata? Mas ninguém vive sem os produtos baratinhos que eles produzem.
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O Brasil aprovou há alguns anos as leis especificas de reciclagem e os acordos setoriais para os diferentes tipos de resíduos, inclusive de lixo eletronico. Ainda é um setor bem bagunçado, cujos parametros da lei ainda estão sem ''entendidos'' e adaptados.

Sobre isso de ser um processo especializado. Mas fico pensando, não é possível que seja ''mais dificil'' que invadir terras, matar pessoas e rios. É claro um trabalho completamente diferente, mas o esforço e dinheiro não deve ser tão diferente.

Na realidade é bem diferente. É mesmo muito caro reciclar.

Por exemplo o plástico. Comprar reciclado é ao mesmo preço ou mais caro do que comprar novo:

Isso depende do material, pode ser o caso do plastico.

Mas por exemplo, a reciclagem de aluminio é super lucrativa.

Por exemplo, no Brasil cerca de 98.7% das latas de aluminio sao recicladas.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-04/brasil-registra-reciclagem-de-987-de-latas-de-aluminio-em-2021

mas nesse mesmo artigo ele comenta como é dificil reciclar o plastico, e que o indice aqui no Brasil é muito baixo para o plastico.
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O Brasil aprovou há alguns anos as leis especificas de reciclagem e os acordos setoriais para os diferentes tipos de resíduos, inclusive de lixo eletronico. Ainda é um setor bem bagunçado, cujos parametros da lei ainda estão sem ''entendidos'' e adaptados.

Sobre isso de ser um processo especializado. Mas fico pensando, não é possível que seja ''mais dificil'' que invadir terras, matar pessoas e rios. É claro um trabalho completamente diferente, mas o esforço e dinheiro não deve ser tão diferente.

Na realidade é bem diferente. É mesmo muito caro reciclar.

Por exemplo o plástico. Comprar reciclado é ao mesmo preço ou mais caro do que comprar novo:
https://valor.globo.com/um-so-planeta/noticia/2022/01/26/pet-reciclada-custa-mais-do-que-a-resina.ghtml
https://jornaleconomico.pt/noticias/precos-dos-plasticos-reciclados-duplicam-num-ano-e-atingiram-novos-recordes-835763

Muitas empresas continua apostar no reciclado, por questões de consciência ambientais. Mas na realidade custa mais do que comprar novo.

Em relação aos procedimentos de reciclagem, na minha opinião, estão muito mal desenhados e por isso sou um critico de como são feitos e as "exigências" que fazem aos consumidores a esse respeito.
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Por essas notícias que nos chegam parece que garimpeiros são terríveis vilões, mas de certa forma eles também são vítimas.
Estão explorando minerais preciosos em locais pouco conhecidos e de difícil acesso. Muitas vezes eles que fazem as descobertas inclusive, e não grandes empresas.

Acho que esse é um problema mais social  do que relacionado ao ouro em si.

Concordo completamente com o seu ponto e pensei muito nisso quando vi a notícia relacionada ao extravio dos remédios de malária dos indigenas para os garimpeiros, que realmente devem estar em condições de saúde complicadas. Fiquei imaginando, se os Yanomamis que estão recebendo apoios, estão em uma situação super triste, as pessoas que trabalham no chão ali também devem estar. Claro que muito provavlemente são pessoas sem opções e que quem manda e se beneficia não está nem perto dali. Acho que envolve ambas as questões. Social sem dúvida por conta dos problemas economicos e falta de infraestrutura pra quem acaba ali, mas muito relacionado a como a industria do ouro atua e ''aceita'' o ouro dessas condições.


Eu sou totalmente leigo no assunto, mas eu acho que a reciclagem no Brasil ainda é um grande problema que poucos governantes tiveram a coragem de fazer sair do papel, muito se fala mas pouco se faz.

Eu acho (novamente... sou leigo e estou deixando apenas minha opinião) que para iniciar qualquer reciclagem é preciso ser feito um investimento muito grande em conscientização, pois primeiro é preciso fazer com que a população separe o lixo do reciclável, depois algo maior ainda em logística para recolinhemento desses materiais e por fim se obtem um retorno baixíssimo e demorado.

No caso da extração do ouro desses componentes, creio que deva ser preciso algum processo bastante especializado para poder separar e reciclar esses materiais nobre (não é só o ouro que se extrai proveito nesses eletrônicos), sendo então algo muito mais difícil.

Felizmente, existem muitas empresas dispostas a rasgar rios de dinheiro para investir nesses projetos, o que falta é a vontade de iniciar de verdade projetos assim.
Um exemplo, é a Itaipu Binancional (a usina no oeste do Paraná). Conheci de perto o setor social deles, os caras possuem bilhões do orçamento sobrando e não encontram projetos para investir, é lamentável.

O Brasil aprovou há alguns anos as leis especificas de reciclagem e os acordos setoriais para os diferentes tipos de resíduos, inclusive de lixo eletronico. Ainda é um setor bem bagunçado, cujos parametros da lei ainda estão sem ''entendidos'' e adaptados.

Sobre isso de ser um processo especializado. Mas fico pensando, não é possível que seja ''mais dificil'' que invadir terras, matar pessoas e rios. É claro um trabalho completamente diferente, mas o esforço e dinheiro não deve ser tão diferente.

Recentemente entrei em contato com alguns casos de empresas com muito dinheiro com P&D também, mas que acabam gastante de formas bem ''controversias''.  A lei de P&D até mudou recentemente, pra tentar inibir algumas coisas que estavam rolando.
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No caso da extração do ouro desses componentes, creio que deva ser preciso algum processo bastante especializado para poder separar e reciclar esses materiais nobre (não é só o ouro que se extrai proveito nesses eletrônicos), sendo então algo muito mais difícil.

Especializado nem é tanto, quase qualquer pessoa é capaz de fazer, desde que tome os cuidados necessários.
O problema é o custo do material necessário para fazer isso, para o baixo retorno comparado com o tempo e custo envolvido.

Lembro de uma serie da Discovery que mostrava isso, ver se encontro e depois posto.
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☢️ alegotardo™️
Recentemente, tem se falado muito da tragédia que está acontecendo com os Yanomamis, devido ao garimpo ilegal que está ocorrendo no território deles.

Esses acontecimento me fizeram pensar bastante na guerra dos discursos. Em nenhum momento nas matérias sobre os Yanomamis, parece que a discussão ''respinga'' no ouro, nos metais em si, ou na forma de extração. Diferente do que ocorre no Bitcoin. Existe uma modalidade de mineração de ouro e metais preciosos conhecida como ''mineração urbana'', onde os metais são extraidos dos lixos eletronicos. Estima-se que + 7% de todo ouro do mundo esteja nesses dispositivos e em lixões. No final da conta, populações são dizimadas e os rios estão sendo contaminados para se extrair ouro.

É engraçado ver como duas medidas diferentes são aplicadas. No caso do Bitcoin, o consumo de energia do ativo, é usado para desmerecer completamente a moeda. No caso do garimpo do ouro, a discussão quase não menciona o ativo, apenar os ''garimpeiros'' e não é citado as alternativas existentes.

Eu sou totalmente leigo no assunto, mas eu acho que a reciclagem no Brasil ainda é um grande problema que poucos governantes tiveram a coragem de fazer sair do papel, muito se fala mas pouco se faz.

Eu acho (novamente... sou leigo e estou deixando apenas minha opinião) que para iniciar qualquer reciclagem é preciso ser feito um investimento muito grande em conscientização, pois primeiro é preciso fazer com que a população separe o lixo do reciclável, depois algo maior ainda em logística para recolinhemento desses materiais e por fim se obtem um retorno baixíssimo e demorado.

No caso da extração do ouro desses componentes, creio que deva ser preciso algum processo bastante especializado para poder separar e reciclar esses materiais nobre (não é só o ouro que se extrai proveito nesses eletrônicos), sendo então algo muito mais difícil.

Felizmente, existem muitas empresas dispostas a rasgar rios de dinheiro para investir nesses projetos, o que falta é a vontade de iniciar de verdade projetos assim.
Um exemplo, é a Itaipu Binancional (a usina no oeste do Paraná). Conheci de perto o setor social deles, os caras possuem bilhões do orçamento sobrando e não encontram projetos para investir, é lamentável.
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É engraçado ver como duas medidas diferentes são aplicadas. No caso do Bitcoin, o consumo de energia do ativo, é usado para desmerecer completamente a moeda. No caso do garimpo do ouro, a discussão quase não menciona o ativo, apenar os ''garimpeiros'' e não é citado as alternativas existentes.

Garimpo é uma atividade super complicada.
Ocorre muito ilegalmente (acho que até na maioria das vezes). É um ambiente super perigoso e condições muito precárias de trabalho.

Por essas notícias que nos chegam parece que garimpeiros são terríveis vilões, mas de certa forma eles também são vítimas.
Estão explorando minerais preciosos em locais pouco conhecidos e de difícil acesso. Muitas vezes eles que fazem as descobertas inclusive, e não grandes empresas.

Daí trabalham nessas condições perigosas e apenas poucos ganham dinheiro.

A serra pelada acho que foi o caso mais terrível que aconteceu pelo Brasil. Quem já viu fotos  parece cena de escravidão da época colonial.


https://iconografiadahistoria.com.br/

Acho que esse é um problema mais social  do que relacionado ao ouro em si..
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É engraçado ver como duas medidas diferentes são aplicadas. No caso do Bitcoin, o consumo de energia do ativo, é usado para desmerecer completamente a moeda. No caso do garimpo do ouro, a discussão quase não menciona o ativo, apenar os ''garimpeiros'' e não é citado as alternativas existentes.

Quando a mineração do Ouro é feita de forma legal, existe muitas questões ecológicas que são salvaguardadas. O problema é quando essa mineração é ilegal, que infelizmente existe muito.

Agora, não existe nenhum tipo de exploração mineira, que seja boa para o ambiente, nos moldes que são feitos na sua maioria. É possível minerar com pouco impacto ambiental, mas é muito caro e deixa de ser interessante para as empresas exploratórias.

Então, estamos a começar a viver num dilema, em que todos nós acabamos por estar envolvidos, devido a forma do nosso consumo.
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Recentemente, tem se falado muito da tragédia que está acontecendo com os Yanomamis, devido ao garimpo ilegal que está ocorrendo no território deles.

Esses acontecimento me fizeram pensar bastante na guerra dos discursos. Em nenhum momento nas matérias sobre os Yanomamis, parece que a discussão ''respinga'' no ouro, nos metais em si, ou na forma de extração. Diferente do que ocorre no Bitcoin. Existe uma modalidade de mineração de ouro e metais preciosos conhecida como ''mineração urbana'', onde os metais são extraidos dos lixos eletronicos. Estima-se que + 7% de todo ouro do mundo esteja nesses dispositivos e em lixões. No final da conta, populações são dizimadas e os rios estão sendo contaminados para se extrair ouro.

É engraçado ver como duas medidas diferentes são aplicadas. No caso do Bitcoin, o consumo de energia do ativo, é usado para desmerecer completamente a moeda. No caso do garimpo do ouro, a discussão quase não menciona o ativo, apenar os ''garimpeiros'' e não é citado as alternativas existentes.
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