Topic: Mineradora vai converter resíduos poluentes de carvão do século 19 em Bitcoin (Read 158 times)

Opa, desculpa!!! Meu erro mesmo, arrumei agora!

Eu sou vegetariana, então do lado de cá ''piorou'' as coisas hahahaha

Pior que não como churrasco há mais de um ano, nem lembro a última vez.. Sequer tenho uma churrasqueira

É que no post estava escrito carvão mineral ao invés de vegetal, ai fiquei confuso..

É que aqui usamos o carvão vegetal, esse que você usa para fazer seu churrasco, no exterior é usado principalmente o carvão mineral. A Rafaela explicou a diferença de ambos na postagem acima. Você como gaúcho deveria diminuir o seu hábito nada saudável de comer tanto churrasco.

O carvão vegetal é obtido por meio da carbonização da biomassa proveniente da madeira. O carvão vegetal é pouco utilizado mundialmente, com exceção do Brasil que é o maior produtor do mundo.

O carvão mineral corresponde a uma rocha sedimentar formada por meio da decomposição da matéria orgânica. Quando essa matéria orgânica é depositada, soterrada e compactada passa a sofrer a ação das bactérias em condições específicas de pressão e temperatura. Com o passar do tempo, forma-se o combustível em questão no projeto citado nesse post 

Não entendi, qual a diferença entre os dois, o que eles usam lá e o que usam no Brasil? Ou aqui no Brasil ninguém usa carvão?

Eu também não entendo muito do processo.

Segundo um amigo me explicou, o carvão mineral está geralmente inerte no solo, protegido por uma camada sólida rochosa. Ou seja, no estado natural, há pouca permeabilidade/vazamento dele.

Quando ele é extraído, ele não vem puro  (tem vários elementos não desejáveis junto ao carvão mineral) e inúmeros processos são necessários e eles geram:

- carvão residual ou rejeitos sólidos de mineração
- resíduos de carvão líquido, que são (deveriam) ser armazenados com segurança em represas.
- equipamento de controle de poluição usado para a combustão do carvão produz cinzas de carvão ou cinzas volantes, bem como dessulfurização de gases de combustão (FGD), um resíduo sólido úmido criado por lavadores de dióxido de enxofre.

Quando acontece esse processo, os elementos que ''sobram'', são arrastados para os rios, quando chove ou neva. Ou seja, infiltração da água, contato com o mineral e por fim contaminação do corpo hídrico

Ele indicou esse site muito lindo pra quem quiser saber mais: https://www.gem.wiki/Coal_waste

Mas uma observação importante que ele fez, nós não usamos esse carvão no Brasil, aqui é só carvão mineral vegetal, então não temos essa ''''' oportunidade ''''''', então eu sigo na saga nas soluções pra mineração no Brasil  


Sério essa última parte, se virem quaisquer iniciativas cripto-eco, principalmente brasileira, eu adoraria conhecer!

Um dos maiores problemas da produção de energia é o seu transporte.
A maioria das fontes de energia, fica longe de onde ela é realmente precisa. Claro que com a energia solar isso reduz um pouco, mas tirando essa, todas as fontes de energia estão longe dos grande centros urbanos, onde existe grande consumo.

Produzir energia desses rezidos, não compensa para as distancias que a energia depois tem de percorrer.

Já o minerar o Bitcoin, pode ser em qualquer lado. Só é preciso de 2 coisas: energia e ligação a net.
Ter dois ou tres contentores com PCs a minerar ao lado de uma central de energia, é mais barato do que transportar essa energia até aos locais de consumo.

E tem-se a vantagem, que quando acabar os rezidos de um local, em uma semana, já se tem os contentores noutro local a minar outra vez.

Pois é,  muito interessante.

Eu fiquei pensando sobre ese assunto, e a mineração de bitcoin pode realmente ser uma das poucas soluções para esse problema desses resíduos de carvão.

Primeiro eu pensei "ah, podem usar a energia para qualquer outra coisa. Pq minerar?"
Daí eu pensei, as vezes estamos longe de centros de distribuição.  As vezes a situação tb é distante de linhas de transmissão que suportem a quantidade de energia. Enfim, minerar esses rejeitos pode ser realmente a melhor  forma de utilizar essa energia elétrica geead! A forma mais lucrativa.

Parabéns pela materi.

Legal esse projeto deles, mas eu gosto mais das propostas que solucionam problemas pré-existentes como essa brasileira dos biodigestores que trata o problema de resíduo que seria gerado de qualquer maneira e ai esse "lixo" que seria um problema se transforma em uma solução mágica.

Para esses problemas energéticos, o "grande" Bill Gates e o bilionário Warren Buffett estão desenvolvendo o projeto Natrium, que é uma nova modalidade de reator nuclear que funcionará com combustíveis nucleares diferentes dos atuais. Bem interessante a proposta.

Acredito que é algo bem mais simples do que imaginamos, pelo que andei lendo a mineração de carvão gera muita sobra residual e no passado não existiam muitas regras e cuidados sobre a destinação desse resíduo que é extremamente poluente quando descartado de maneira incorreta... esse resíduo tem um potencial energético menor mas mesmo assim ainda possui.

Nessa polemica do Elon Musk sobre energia limpa surgiram algumas sugestões e uma delas foi mineração utilizando metano, eu fiquei imaginando algo super complexo e mirabolante mas poucos dias depois consegui entender mais sobre o processo de extração de metano e conversão em energia elétrica. Finalmente percebi que é algo bem mais comum do que eu imaginava e essa tecnologia de gerar energia elétrica com metano já é responsável pela produção de 2% de toda energia gerada no Brasil.

Para quem se interessar pela geração de energia elétrica com metano sugiro assistir os vídeos dessa matéria do Globo Rural:
Produtores do Paraná geram e vendem energia elétrica através de biodigestores

Não só isso, muito mais importante ainda: prova que o Bitcoin oferece incentivos econômicos para essas evoluções energéticas, e consequentemente, ambientais (energia limpa é o futuro).

Noticias bastante interessante. Até porque isso irá servir para que as terras possam tornar-se novamente férteis.

Alem de provar que os projetos envolvendo o Bitcoin podem ser ecológicos, prova também que quando os humanos querem conseguem corrigir o mal que fizeram ao ambiente e por sua vez cuidar melhor dele.


PS: Ficou a espera de mais detalhes do processo, como o @alegotardo. 

Que bacana, uma excelente contra-jogada para aqueles que dizem que o Bitcoin é anti-ambiental, realmente uma notícia fantástica.

Porém agora eu fiquei curioso... sequer sabia o que era a drenagem ácida de carvão residual, muito menos como funciona a conversão disso em energia.
Claro que eu poderia pesquisar no google, mas essa deve ser a dúvida de várias outras pessoas aqui, e como você estou isso.... poderia tentar explicar a nós como isso funciona assim por cima?

Talvez eu seja a única pessoa que fique realmente doida com essas notícias, mas andam surgindo uns projetos cripto-ecológicos lindos demais!

Acho que esse é dos meus favoritos agora e não consegui não compartilhar com vocês.


A Stronghold Digital Mining anunciou um financiamento de US$ 105 milhões para converter carvão residual em energia em uma grande escala para minerar Bitcoin e outras criptomoedas.

Os processos de geração de energia da Stronghold permitem que ela reabilite grandes áreas que foram devastadas como resultado pela drenagem ácida de carvão residual (AMD) produzido por operações de mineração de carvão nos séculos 19 e 20.

A AMD é um processo no qual chuva ou neve se mistura com o enxofre nos resíduos de carvão, atingindo sistemas de água e ameaçando a vida aquática.
Depois de remover o carvão residual, a Stronghold também planeja doar as terras restauradas para as comunidades locais.

A empresa estima que, para cada Bitcoin que extrai, 200 toneladas de carvão residual são destruídas.

“Os incêndios de resíduos de carvão têm causado estragos em meu estado natal, a Pensilvânia, nos últimos cem anos”, disse o co-presidente da Stronghold, Bill Spence, acrescentando:

“Empregamos técnicas de mineração de criptomoedas do século 21 que podem remediar os impactos da mineração de carvão dos séculos 19 e 20 em algumas das regiões mais negligenciadas do ponto de vista ambiental dos Estados Unidos.”

Trabalhando em parceria com as autoridades ambientais locais, a Stronghold já recuperou 1.000 acres de terras da Pensilvânia que descreve como “outrora inutilizáveis”. Além de remover mais de 98% das emissões de mercúrio, NOx e SO2, o processo de produção da empresa cria cinzas volantes - que podem ser usadas como fertilizante.

Fonte: meu jobzinho Cointelegraph