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Topic: Porque a criptoanarquia não é um movimento revolucionário (Read 135 times)

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Num antigo thread eu escrevi que pra mim Brasil ja è em boa parte anarquia

Tem coisas que nao podem ser ainda diferentes (imposto sobre a gasolina, e outras commodities estaduais), porem o funcionamento de muitos bairros de cidades brasileiras è exatamente uma situaçao sem regulamentaçao e de fato as pessoas fazem as coisas do jeito que elas querem. O problema è quando nisso se mistura muita pobreza, no sentido de falta de dinheiro pra alimentaçao e tudo o que è despesa basica. Isso tira qualquer tipo de orçamento para um planejamento saudavel (mesmo que nao seja do estado e entre comunidades de moradores) e até gera violencia e desrespeito de regras comuns.


O exemplo perfeito de criptoanarquia pra mim è Venezuela, porque ai realmente substituirom a moeda fiat com crypto.
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Lembrei da Colônia Cecilia, esta que foi uma comunidade experimental do movimento anarquista brasileiro. Pena que ela não deu certo. Foi duramente boicotada por seu opositores. Criaram várias fakenews à época para denegri-la. Principalmente referente ao "amor livre". Isso tudo em 1890 !!!! Recomento a leitura do artigo: https://www.bbc.com/portuguese/geral-52973847

Eu conheço a Colônia Cecilia, é uma história muito legal. Sobre isso das fakenews do amor livre, acho bem interessante.

Ando pensando nas ''barreiras'' da liberdade e acho que o amor é uma delas msm. Existe o ''bom cidadão'', aquele que trabalha pra coisas ''normais'', tem uma casa, um filho ou dois, paga seu imposto, tem uma família nuclear e é religioso. No final, cada uma dessas coisas é uma forma de prisão pra mim. Inclusive por isso que chama 'amor livre', né? E no final, não tem nada a ver com poligamia ou monogamia ou qualquer coisa.

Mas tem a ver com as pessoas serem livres para fazerem suas escolhas, sem que isso seja definidor do carácter de alguém. Acho que o amor é a última fronteira do Estado e uma das mais difíceis de desconstruir o poder. 

De qualquer forma, obrigada pelo link!
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Lembrei da Colônia Cecilia, esta que foi uma comunidade experimental do movimento anarquista brasileiro. Pena que ela não deu certo. Foi duramente boicotada por seu opositores. Criaram várias fakenews à época para denegri-la. Principalmente referente ao "amor livre". Isso tudo em 1890 !!!! Recomento a leitura do artigo: https://www.bbc.com/portuguese/geral-52973847
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Quando eu escuto a palavra anarquia eu sempre me lembro de muitas pessoas e mesmo que os adeptos desse novo mundo estejam crescendo dia a dia algo assim esta a muitos anos luz de se tornar realidade. Ele fala em um trecho:
" Se esse modelo for fraco, a comunidade não se formará. A modelagem por membros fundadores de uma comunidade deve ser altamente engajada, acolhedora e aberta à adaptação. "
O modelo e forte porem a adaptação e dificil. Ele continua falando sobre a importância das pessoas de gerarem engajamento e etc porem, atualmente poucas pessoas estão realmente dispostas a fazer tal coisa sem algo em troca, como engaja assim?


Anos luz? A proposta do paralelo é exatamente fazer com que não seja no futuro, que tu realize agora. Que tu não dependa de ''muitas pessoas para gerar engajamento'' e muito menos que faça algo, sem que seja por algo em troca.

É fazer o que quer, trocando como deseja. Sem coerção e sem culpa, principalmente. Em uma sociedade anarquista, você vai se associar só com aqueles com quem vai trocar. Qualquer coisa fora disso é coerção.

Acho que tu imagina que seja anos luz, porque imagina que tem que acontecer com toda a sociedade. Mas o anarquismo global, só quando digital. Fisicamente essa escala global não faz sentido e não se mantem de forma descentralizada.

Eu acho, rs
Sim você esta certo quando falei anos luz me referia a totalidade. Eu sinceramente não sou muito otimista em relação a algo que envolva o ser humano, mas, espero estar errado e possa ver em vida essa mudança.
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Quando eu escuto a palavra anarquia eu sempre me lembro de muitas pessoas e mesmo que os adeptos desse novo mundo estejam crescendo dia a dia algo assim esta a muitos anos luz de se tornar realidade. Ele fala em um trecho:
" Se esse modelo for fraco, a comunidade não se formará. A modelagem por membros fundadores de uma comunidade deve ser altamente engajada, acolhedora e aberta à adaptação. "
O modelo e forte porem a adaptação e dificil. Ele continua falando sobre a importância das pessoas de gerarem engajamento e etc porem, atualmente poucas pessoas estão realmente dispostas a fazer tal coisa sem algo em troca, como engaja assim?


Anos luz? A proposta do paralelo é exatamente fazer com que não seja no futuro, que tu realize agora. Que tu não dependa de ''muitas pessoas para gerar engajamento'' e muito menos que faça algo, sem que seja por algo em troca.

É fazer o que quer, trocando como deseja. Sem coerção e sem culpa, principalmente. Em uma sociedade anarquista, você vai se associar só com aqueles com quem vai trocar. Qualquer coisa fora disso é coerção.

Acho que tu imagina que seja anos luz, porque imagina que tem que acontecer com toda a sociedade. Mas o anarquismo global, só quando digital. Fisicamente essa escala global não faz sentido e não se mantem de forma descentralizada.

Eu acho, rs
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Quando eu escuto a palavra anarquia eu sempre me lembro de muitas pessoas e mesmo que os adeptos desse novo mundo estejam crescendo dia a dia algo assim esta a muitos anos luz de se tornar realidade. Ele fala em um trecho:
" Se esse modelo for fraco, a comunidade não se formará. A modelagem por membros fundadores de uma comunidade deve ser altamente engajada, acolhedora e aberta à adaptação. "
O modelo e forte porem a adaptação e dificil. Ele continua falando sobre a importância das pessoas de gerarem engajamento e etc porem, atualmente poucas pessoas estão realmente dispostas a fazer tal coisa sem algo em troca, como engaja assim?
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Nas últimas semanas, venho pensando muito sobre os 'caminhos' que os libertários podem tomar para viver de forma livre, em uma sociedade que está muito longe de estar livre.

Acho que os libertários tem seguido três vias:

Reformistas que tentam consertar o processo de governança (Gradualistas, Demarquistas, Minarquistas, '' e os que votam nos menos piores ''). Neste grupo, os esforços estão focados em redesenhar como as decisões são tomadas e resolver as lutas de conflitos de maioria-minoria nas democracias.

Oposicionistas-kamikazes que arriscam suas vidas para evitar que as coisas tomem certas direções e para trazer a Revolução para as massas. Eles tem um desejo quase masoquista de jogar Policia & Vitíma e enfrentar pessoas hiper-armadas. O objetivo do oposicionismo é quebrar o Estado e mudar o mundo.

Paralelos que representam o caminho de quem não toma a iniciativa de se submeter à força dos outros e não aceita submeter-se a quem usa a força contra os outros. Quem não está interessado em ameaças, muito menos em continuar a construir suas cadeias. São aqueles que escolhem privar o mundo de sua existência como um escravo e viver sua liberdade com aqueles que assim o desejarem.

A criptoanarquia pra mim é a terceira via! Por que o objetivo não se manter distante, tornar imprestável, ou como Wei Dai disse no ''in a crypto-anarchy the government is not temporarily destroyed but permanently forbidden and permanently unnecessary''.

Eu acho que é a melhor via msm, mas a via paralela normalmente tem ficado ''limitada'' ao virtual. A questão é, como viver, de verdade, essa liberdade. E não apenas transacionamos com liberdade, sabe?

Aí, eu encontrei um debate incrível sobre isso. É uma entrevista sobre construção de comunidades libertárias. Os entrevistados levantam um debate sobre comunidades criptoanarquistas, interação entre vida digital/ física, comportamento humano em comunidades que garantem anonimato. Foi bem inspirador e acho que pode ser especialmente útil para quem frequenta aqui.

A tradução: https://www.disruptivas.org/post/porque-a-criptoanarquia-nao-e-um-movimento-revolucionario

O original (tem outros textos incríveis): https://fragment-x6.net/posts/why-cryptoanarchy-is-not-a-revolutionary-movement/
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