Topic: "Shrikflation" no Brasil (Read 145 times)

Nenhuma dessas empresa é boazinha. Todas querem maximizar os seus lucros, e isso é um fato.

Acho inocência achar que eles fazem isso por que estão pensando nos consumidores. Se der para aumentar a margem em 1%, é muito lucro para o bolso deles.

Ah, eu concordo com o @TryNinja.
O aumento de preço pode ser feito aos poucos (à excessão de uma época de alta demanda como ocorreu nessa pandemia) na casa de centavos geralmente, o que não impactaria no orçamento das pessoas.
A diminuição de peso ao invéz do aumento de preço é realmente para disfarçar e enganar SIM o consumidor, pois creio que a grande maioria não quer ler oque está escrito na embalagem e sequer nota o aviso de redução no volume.

Eu lembro de como uma barra de chocolate me deixava enjoado uma vez, hoje como elas em 10 minutos sem sequer ficar com sede

Normalmente é para "atender" o publico que não teria poder de compra para adquirir sem redução de peso/tamanho pois o preço ficaria fora do orçamento e ai quem tem mais dinheiro disponível pode comprar 2 unidades caso preferir. É uma escolha difícil reduzir ou subir o preço, nos 2 casos acaba perdendo clientes.

Claro que ambos são vítimas. Não é um lado vil do Livre Mercado. É o lado vil da má gestão pública.

Encolher o tamanho dos produtos é uma estratégia de marketing que funciona melhor do que aumentar o preço. Na prática o preço aumenta, simplesmente pq voce compra um produto inferior (em tamanho) pelo preço que pagava antes em um maior.

As empresas são vítimas pq é a forma q elas estão usando para conseguir sobreviver. Quem é responsável pela inflação é o governo, não são as empresas.

O Governo Brasileiro vai lá e promete aumento para servidores públicos, promete SUS com atendimento grátis para todo mundo, promete aposentadorias gordas para todo mundo sem uma contribuição equivalente, etc etc. Mas ele não tem como pagar tudo isso. Como faz? imprime o dinheiro, gasta mais do que deveria, e desvaloriza nossa moeda, e apenas depois corrige pelo IPCA. É o famoso imposto inflacionário.

Não existe almoço grátis. Todos os serviços gratuitos oferecidos pelo governo são pagos aí, com 10% a menos na sua barra de chocolate, aumento da gasolina, etc.

Voce quer que o empresário simplesmente enrabe os custos para ele e feche? Ele repassa o aumento dos custos para o consumidor final. Quando falamos na Laka para que é uma empresa gigantes e do mal, mas até o tiozinho dono do restaurante faz isso. Se ele não reajustar, ele fecha. Aumenta o preço da gasolina, do aluguel, aumentam os direitos trabalhistas, aumentam os impostos, aumenta o preço do tomate, etc etc. O tiozinho do restaurante vai operar no prejuizo? Ele aumenta o preço (ou entao diminui o tamanho do prato)


Imagina que você vai afzer uma viagem de carro com uma menina recém conhecida. Voce vai dividir o preço da gasolina com ela. Na hora de pagar, você vê que o preço na bomba está 6,80. A conta do tanque cheio da 300 reais.

Ela dá uma contribuição de 50 reais, pq ela lembra quando a gasolina era apenas 1,70. Se você cobrar dela 6,80 por litro, é o seu lado vil de capitalista nojento falando?


Se você acha que as empresas lucram demais, vai lá e compra as ações dela Paredao. Se estiver certo, vai rico com dividendos 

Empresas são vítimas ? Mas com essa pratica eles estão aumentando suas margens de lucros. Ao meu ver não são vítimas de nada. Estão sim maximizando seus lucros e não estão nem ai para os consumidores. Eles sabem que a grande maioria dos consumidores não olham para rótulos. Eles querem apenas comprar o produto da marca famosa.

Consumidores atentos como os que aqui participam, são de extrema importância para este segmento mercadológico, pois, com esta percepção eles são o gatilho moderador, a luz de alerta para as empresas quando estas começam ou estão ultrapassando o sinal vermelho.

Taí a importância de, em um Fórum como este, dentro de uma seção ou sub-seção, abordarmos um tema desse naipe. O mecanismo da boa economia se pauta pelo jogo aberto, transparente, legal e ético. Ao se sentir prejudicado, até mesmo lesado, o consumidor, por menos consciente que ele seja, percebe a ruptura, a quebra do pacto, da relação cliente x fabricante ou prestador de serviço. Assim, este relacionamento começa a esfriar podendo até mesmo findar o "casamento" gerando prejuízos para ambas as partes, as quais param de interagir equilibradamente gerando uma ruptura praticamente litigiosa. Se isto se torna um efeito em cascata, cedo ou tarde, o nivelamento abaixo da qualidade e da quantidade provocará uma forma de miragem comercial induzindo ambos os lados a mergulharem num processo de decadência e retrocesso através da conformação e da banalização da produção e do consumo quando que, se o oposto a isto ocorre, ambas as partes avançam, evoluem para a maior produção e o maior consumo com qualidade e vantagens financeiras bilaterais.
 
Como exemplo, podemos citar o famoso "Pague 2 e leve 3" ou o também conhecido "ganhe mais 150g na embalagem" e por aí vai.
Em tempo, gostaria de adicionar também outras práticas de comercialização que reduzem a quantidade de produto ao consumidor ou o fazem gastá-lo mais do que o necessário para seu consumo. Um exemplo que parece ser mínimo, porém pode gerar vantagem para a empresa é o adicionamento de gelo ao copo de refrigerante vendido. Quando vc paga um copo de 500 ml, vc quer receber 500 ml de refrigerante. Mas quando vc recebe este mesmo copo com gelo, vc está recebendo menos produto. Logo, vc paga uma parte de água ao invés de refrigerante. Isto é praticado por uma rede de "Fastfood" famosa, a qual não lhe pergunta se vc quer com ou sem gelo seu refrigerante.

O outro caso de indução ao aumento de consumo (desperdício) é quanto à alteração de embalagens para isto. Podemos citar o aumento do bico de saída de pastas de dentes. No passado eles eram menores, o controle da quantidade a ser usada nas escovas podia ser melhor controlado. Além destes, poderíamos adentrar em uma outra seara, a  dos prazos de validade dos produtos: "Após aberto, consumir o produto em no máximo 3 dias". Será? Mas aí já é uma outra história. Alguns poderiam dizer que já é Teoria da Conspiração, paranoia ou sei lá mais o que. O que de fato sabemos é que realmente as empresas e seus consumidores ambos são vítimas muitas vezes de sistemas e legislações que os autorizam ou desautorizam a defenderem seus bolsos. Portanto, jogo aberto, interatividade e confiança recíproca podem salvar este casamento que há milênios gira o mundo numa perfeita parceria.
  

Sim, realmente é isso que acontece, infelizmente!

É muito mais fácil dos consumidores notarem uma alteração no preço de um determinado produto do que diminuir o seu peso.
E basicamente uma boa parte dos mercados/empresas fazem isso, diminuem o peso dos produtos para não tornar algo perceptível aos clientes  

O problema é que a maioria das pessoas não nota a diferença até que role mais alguns reajustes.

Eu não consigo ver como seria mais vantajoso, para o consumidor, diminuir o tamanho e manter o preço ao invés de manter o tamanho e aumentar o preço. Eles fazem isso propositalmente para esconder a perda do poder de compra. As pessoas seguem suas vidas normalmente, mas percebendo que o mesmo dinheiro não sacia as suas necessidades como saciava antigamente.

Sim é obrigatário a alguns anos já, mesmo nas etiquetas convencionais os supermercados tem que informar o preço por kg, litro ou metro de acordo com a unidade de medida de cada produto: Lei determina que empresas informem preço dos produtos de acordo com unidade de medida

Sim, venho percebendo isso em boa parte dos produtos, chocolates, doces e bolachas principalmente.

Eu acho que as empresas fazem isso, pois, fica menos perceptível aos olhos dos consumidores notarem uma diminuição em um determinado produto, do que, ocorrer um aumento no valor do mesmo.

Sem falar que, no art. 31 do CDC (me corrijam se estiver errado), as empresas são obrigadas a informarem quando e quanto foi a redução no peso de um produto aos consumidores.

Eu percebo isso direto, principalmente com bolachas (vulgo biscoitos), não sabia que tinha esse nome. Eu paro de comprar porque não me interessa muito que haja algum aumento no preço desde que encha a minha barriguinha 
É bom ficar esperto com produtos de preços fora de um padrão, por exemplo: achocolatados com pesos de 1Kg, 800g, 400g, 200g são o padrão para estes e muitos outros produtos, versões fora desse padrão certamente foram encolhidas.

Venho visto isso acontecendo bastante. Quando eu era mais novo, sempre comprava aquela barra de chocolate Shot da Lacta por R$ 4,00. Foi passando o tempo e ele não só aumentou para R$ 6,00 ~ R$ 8,00, como também encolheu uns 35%. Resultado: parei de comprar.

É um ótimo método para mascarar a inflação (por um tempo).

Achei a "versão nacional" dessa imagem, publicada no ano passado:

Se não me falhe a memória, eu ia em um supermercado que tinha etiquetas eletrônicas e as mesmas informavam o preço por kg do produto..

Acho que é a melhor forma de saber o preço que você está pagando e também de comparar dois produtos similares (que tenham pesos/preços diferentes)..


Os fabricantes precisam informar na embalagem que o produto teve alteração de peso.. Então não é tão livre assim..

Interessante. Veja que isso acontece, na maioria das vezes, com produtos de marcas famosas. Lembrei de um dos primeiros conceitos aprendidos na faculdade de administração de empresas: a chamada "maximização dos lucros". Para se atingir isso, "corta-se" tudo !! Até o tamanho da embalagem.  

Vocês já repararam como diversos produtos vêm aumentando de preço nos últimos anos? Ah, mas isso é comum, é a inflação, o mercado auto regulado e etc. Até aí tudo bem. Pra quem nasceu no Brasil e vivenciou a economia em seus vários altos e baixos, podemos considerar como uma situação com causas e consequências "naturais". Porém, de um tempo pra cá, o que nos tem chamado a atenção é o ir além de um reajuste de preço. Produtos e serviços têm sido "encolhidos", isto é, o tamanho, a quantidade, o tempo, enfim, o conteúdo destes vêm sendo alterados deliberadamente, diria até mesmo adulterados numa escancarada forma de lucrar mais gastando-se menos para produzir ou servir! Apesar do consumidor estar recebendo menos, ele ainda paga mais, pois, o valor é reajustado em função da percepção humana em relação somente à marca, fato este que explora produtos e serviços de massa, aproveitando-se assim principalmente daqueles consumidores com dificuldades quantitativas matemáticas, justamente a maior parte da população.
Este seria o lado vil do Livre Mercado?