Eu vejo isso muito pelo lado da política. Por exemplo, dentro da polarização que o país vivia (e ainda vive) eu tinha um lado, pois concordava com as ideias, propostas e posicionamentos, ao mesmo tempo em que sabia que o oposto era extremamente danoso, mentiroso e prejudicial. Isso fazia com que eu pertencesse a um grupo, que compartilhava de um conjunto de conceitos e até mesmo de um estilo de vida.
Porém, com o tempo eu fui vendo que esse meu lado também era extremamente mentiroso e manipulador. Aquilo que era dito, não era colocado em prática. Então eu fui me distanciando e tecendo críticas às contradições, mas as outras pessoas não. Elas continuaram fechando os olhos para essas contradições, enquanto criticavam, debochavam e deixavam de lado pessoas como eu.
Já que você não vai ficar nem de um lado, nem de outro, sabendo que são muito parecidos negativamente, você acaba ficando sozinho, mas bem com a sua consciência, que creio ser o mais importante nesse caso. E aí cabe até uma reflexão: será que fui eu quem mudei a minha cabeça, ou as pessoas que mudaram e se perderam pelo caminho?
Complicado isso. Você percebeu depois de estar fazendo parte de um grupo que este grupo é igual ou talvez pior do que o grupo que você abominava. Então faça como os Budistas Mahayanas: Vá pelo caminho do meio.
O caminho do meio tem várias definições:
"A prática de não-extremismo: um caminho de moderação e distância entre a auto-indulgência e o ascetismo, ou seja, se manter equidistante entre o rigor excessivo e a excessiva permissividade.
O meio-termo entre determinadas visões metafísicas;
Uma explicação do nirvana (perfeita iluminação);
Um estado no qual fica claro que todas as dualidades aparentes no mundo são ilusórias."
O extremismo nunca é bom. Principalmente em questões politicas. A Extrema-Direta, quanto a Extrema-Esquerda são nefastas para o País.
concordo muito contigo aqui Paredao
realmente, esse caminho de "nem nem, nem só" muitas vezes é o que me parece mais equilibrado, ponderado e prudente.
Nem sempre é possível escolhê-lo na política, infelizmente.