Pra mim, realmente o pior é que realmente se dedica muioto e devido as realidades sociais, esse esforço não tem nada em troca.
Este é um ponto.
Uma criança/jovem que vem de um meio social baixo tem de se esforçar 3 ou 4 vezes mais para alcançar o mesmo patamar que um jovem que vem de uma realidade social mais alta. Tem de fazer um maior esforço para conseguir alcançar os mesmos objetivos.
Para quem o consegue, é bom! E felizmente bastantes conseguem fazer isso.
Mas esse tipo de situação, causa uma desigualdade de oportunidades, mesmo que seja anunciada uma igualdade para todos os jovens. Na realidade isso não acontece.
Todos deviam começar com o mesmo nível de oportunidades. E quando todos tem o mesmo nível de oportunidade, o nível motivacional não tem tendência a descer.
Se formos falar com um indevido que socialmente vive a custa do Estado, e questionares o que ele realmente gostava de fazer/trabalhar, todos vão ter uma opinião e um "sonho" profissional. Podem dizer, que eles querem um tipo de trabalho especifico, e depois alegar que "eles não querem é trabalhar". Aqui entra outro problema da sociedade - achar que trabalhar é aquilo que faz a pessoa chegar ao final do dia esgotado fisicamente/mentalmente, ou só é trabalho aquilo que faz a pessoa ter de dedicar "26 horas" por dia, ou só é trabalho aquilo que obriga a pessoa a cumprir um conjunto de exigências que limita as suas opiniões, vontades, estados de espirito, etc...
Sendo realistas, ninguém consciente do que é a vida, escolheria trabalhos que o obrigassem a cumprir horários "malucos", onde tenham pouca liberdade criativa e não só, e trabalhos extremamente desgastantes. Se fosso possível retirar da equação o dinheiro, e fosse possível cada um de nós só trabalhar naquilo que realmente gosta, certamente muitos de nós deixávamos de trabalhar em algumas coisas que fazemos hoje.
Tenho um colega costuma dizer: "Daqui a umas dezenas de anos, as pessoas vão olhar para a nossa historia, e vão dizer que nós eramos doidos, por trabalharmos 8-12 horas por dia."