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Topic: Pensamentos sobre mineração e poder de processamento (Read 1754 times)

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Vejam que interessante

Depois desta queda na cotação tivemos, teremos uma queda abrupta da dificuldade LTC, ela cairá 8,62%

http://allchains.info/

 

 
 
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Nesse sentido, podia-se tornar mais interessante minar ou fazer investimento de mineração, visto que a dificultada fica mais estável e permite fazer previsões mais acertadas.

Logo, gradualmente o processamento aumentaria novamente...
Por isso, isto acaba por ser um ciclo vicioso:
aumenta a dificultada>queda de cotação>menos mineração>estabilidade dificuldade>aumento da cotação>aumento na mineração>aumento a dificuldade>queda de cotação>menos mineração>...

Eu diria que é um ciclo virtuoso, visto que este é o mecanismo de mercado que determina o sistema de preços, a equalização entre a oferta e a demanda.
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**In BTC since 2013**
Então, se considerarmos que a pepita estará em lugares diferentes para os diferentes "procuradores de pepita" e ganha quem achar ela primeiro faz sentido afirmarmos que mesmo que todos estejam competindo há uma certa cooperação (quando alguém acha avisa todo mundo e o resto para de procurar), ou seja, se cair poder de processamento da rede ela sentirá esta queda, mas como foi dito acima, se éramos dois pools e eu em média conseguia resolver 50% dos blocos (o que me daria 25 BTC a cada 20 minutos), se eu minerar sozinho continuo tento 25 BTC a cada 20 minutos, a diferença agora é que os blocos são todos gerados em 20 minutos, até que eu minere os 2016 e ai a dificuldade se ajuste novamente.

É isso mesmo.
Bem interessante a abordagem 'quantica', isso vai dar o que pensar.

Nesse sentido, podia-se tornar mais interessante minar ou fazer investimento de mineração, visto que a dificultada fica mais estável e permite fazer previsões mais acertadas.

Logo, gradualmente o processamento aumentaria novamente...
Por isso, isto acaba por ser um ciclo vicioso:
aumenta a dificultada>queda de cotação>menos mineração>estabilidade dificuldade>aumento da cotação>aumento na mineração>aumento a dificuldade>queda de cotação>menos mineração>...
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Então, se considerarmos que a pepita estará em lugares diferentes para os diferentes "procuradores de pepita" e ganha quem achar ela primeiro faz sentido afirmarmos que mesmo que todos estejam competindo há uma certa cooperação (quando alguém acha avisa todo mundo e o resto para de procurar), ou seja, se cair poder de processamento da rede ela sentirá esta queda, mas como foi dito acima, se éramos dois pools e eu em média conseguia resolver 50% dos blocos (o que me daria 25 BTC a cada 20 minutos), se eu minerar sozinho continuo tento 25 BTC a cada 20 minutos, a diferença agora é que os blocos são todos gerados em 20 minutos, até que eu minere os 2016 e ai a dificuldade se ajuste novamente.

É isso mesmo.
Bem interessante a abordagem 'quantica', isso vai dar o que pensar.




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Ótima analogia alegorista

Mas ainda tenho algumas dúvidas  Grin

Hoje estive conversando com um amigo que entende MUITO mais de Bitcoin do que eu, e ele fez uma analogia espetacular:

Imagine um jogo: ache a pepita.

Imagine que existe um terreno fechado, um lote de digamos 10.000m2, e alguem atira aleatoriamente uma micro pepita de ouro nesse lote, isso significa a recompensa e dificuldade: 1 micro pepita em 10.000 metros quadrados.

Daí uma pessoa será responsável por localizar essa pepita percorrendo o terreno e observando cada centímetro do chão, então essa pessoa levará um certo tempo para isso, podendo ser de imediato até indefinido, mas terá uma probabilidade imensa de achar após um tempo X.
Isso seria a mineração centralizada, que só existia nos primórdios.


Considerando que o NONCE é o componente do algoritmo que define de que maneira se dará esta busca, podemos afirmar que esta busca sempre se dará de uma posição especifica do terreno, ou seja, sempre começa a procurar do lado extremo esquerdo e extremo acima, por exemplo.


Então são colocadas mais pessoas pra localizar a mesma pepita, e cada uma não tem conhecimento das áreas já percorridas pelos outros, portanto seguem procurando as cegas. Quem achar primeiro se torna dono da pepita.
Isso é a mineração solo.


A minha analogia anterior continuaria se aplicando aqui, se considerarmos que o bloco que está sendo minerado possui os mesmos dados dentro, ou seja, todos os mineradores chegariam ao mesmo hash, ganha quem chegar primeiro nele, certo ?
Se considerarmos que os dados mudam (transações diferentes, data de geração do bloco, etc..) é o mesmo que dissermos que esta única pepita que está no campo estará em posições diferentes para cada pessoa que for procurar (um negocio meio quântico Smiley


Mas aí algumas pessoas resolvem se agrupar em times, mas ainda sem uma coordenação quanto as áreas já observadas, sendo que independente de qual elemento do time localize a pepita ela seria dividida em partes iguais pelos participantes.
Isso é mineração em pool.


Então, se considerarmos que a pepita estará em lugares diferentes para os diferentes "procuradores de pepita" e ganha quem achar ela primeiro faz sentido afirmarmos que mesmo que todos estejam competindo há uma certa cooperação (quando alguém acha avisa todo mundo e o resto para de procurar), ou seja, se cair poder de processamento da rede ela sentirá esta queda, mas como foi dito acima, se éramos dois pools e eu em média conseguia resolver 50% dos blocos (o que me daria 25 BTC a cada 20 minutos), se eu minerar sozinho continuo tento 25 BTC a cada 20 minutos, a diferença agora é que os blocos são todos gerados em 20 minutos, até que eu minere os 2016 e ai a dificuldade se ajuste novamente.

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Hoje estive conversando com um amigo que entende MUITO mais de Bitcoin do que eu, e ele fez uma analogia espetacular:

Imagine um jogo: ache a pepita.

Imagine que existe um terreno fechado, um lote de digamos 10.000m2, e alguem atira aleatoriamente uma micro pepita de ouro nesse lote, isso significa a recompensa e dificuldade: 1 micro pepita em 10.000 metros quadrados.

Daí uma pessoa será responsável por localizar essa pepita percorrendo o terreno e observando cada centímetro do chão, então essa pessoa levará um certo tempo para isso, podendo ser de imediato até indefinido, mas terá uma probabilidade imensa de achar após um tempo X.
Isso seria a mineração centralizada, que só existia nos primórdios.

Então são colocadas mais pessoas pra localizar a mesma pepita, e cada uma não tem conhecimento das áreas já percorridas pelos outros, portanto seguem procurando as cegas. Quem achar primeiro se torna dono da pepita.
Isso é a mineração solo.

Mas aí algumas pessoas resolvem se agrupar em times, mas ainda sem uma coordenação quanto as áreas já observadas, sendo que independente de qual elemento do time localize a pepita ela seria dividida em partes iguais pelos participantes.
Isso é mineração em pool.

E no final de 2016 execuções desse jogo o tamanho do lote é ajustado para maior ou menor, baseado no tempo médio de localização da pepita, de forma que as novas tentativas tenham boa probabilidade de levar em média 10 minutos.

legendary
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Você sabe me dizer qual foi o motivo desta queda abrupta ?

"Hackearam" a maior exchange da época. Isso iniciou uma espiral de queda de confiança.

Então, isto me remete a outra curiosidade, como sabemos, os mineradores todos (ou pelo menos os pools) competem entre si, por este motivo não faz muito sentido considerarmos o poder de processamento da rede como um todo.
Explico, vamos considerar que existem apenas dois pools, cada um deles tem capacidade de processamento de 10GH/s, ou seja, a rede como um todo possui 20GH/s, porém eles estão competindo, ora um resolve o algoritimo de mineração ora outro, se um dos pools for desligado a rede terá perdido 50% do poder de processamento, entretanto acredito que a dificuldade não se alteraria substancialmente, visto que ainda temos poder nominal de processamento de 10GH/s..

Faz sentido isto ?

Acredito que não, pois no seu raciocínio vc está considerando que todas as pools são "proprietárias" da sua capacidade de processamento. As pools, na verdade, são agremiações de centenas/milhares de mineradores individuais. Se o dono de uma pool interrompe seu serviço, os usuários irão para outras pools ou poderão minerar sozinhos, evitando assim o seu cenário proposto.

staff
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Acho que entendi o raciocínio do Djeizan.

O pool "A" tendo metade da capacidade da rede, é capaz de gerar, em média, 1 bloco a cada 2 blocos gerados.

Caso a dificuldade caísse com a saída completa do outro pool, apesar da dificuldade se manter alta por um tempo elevado, o que faria os blocos serem gerados a cada 20 minutos ao invés dos 10 minutos em média, não afetaria financeiramente os membros do pool "A" pois este continuaria gerando um bloco a cada 20 minutos, porém agora gerando 100% dos blocos e não 50%.

Porém no caso de redução assimétrica da capacidade dos pools poderia haver perda financeira para determinados pools e com isso forçar uma migração de mineradores para os pools maiores.
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Consigo entender que a mineração é como uma maratona, o fato de ter 100 corredores não vai fazer a corrida levar 100 vezes menos tempo do que se tivesse um corredor só, e podemos afirmar que a contribuição marginal de um corredor para a redução do tempo da corrida é praticamente nulo.

É exatamente o oposto.

Com 100 mineradores ao invés de apenas 1 (de mesma hashrate) temos uma probabilidade 100x maior de achar um bloco num mesmo tempo, mas é só probabilidade pois as capacidades não são somadas.

No entanto existe uma relação inversamente proporcional e linear entre a quantidade de hashrate e o tempo de formação de um bloco.

E é justamente por isso que a cada 2016 blocos existe o ajuste da dificuldade.

newbie
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A formação do hash do bloco deve ter um ritmo de 1 a cada 10 minutos, e pra manter esse ritmo a dificuldade do hash é ajustada seguindo o principio de uma Poissom Distribution, ou seja existe uma probabilidade X de surgir um hash correto a cada N hashs, portanto quanto mais hashs sendo produzidos mais rapido surge um hash correto, sem nenhuma necessidade de uma coordenação do trabalho.

E é por isso que a rede adapta a dificuldade quando aumenta o poder de processamento, ou sendo mais preciso, quando os blocos começam a ser encontrados num ritmo mais rápido ou mais lento.

Então respondendo sua questão, os pools competem entre sí mas também se complementam, e o poder de processamento da rede é a "soma" do hashrate de cada minerador. Mas essa "soma" de fato não existe, pois não há coordenação central que possa saber o poder individual de cada minerador, o que há é uma estimativa baseada no tempo de geração dos blocos.


Sim, este mecanismo eu consigo compreender, a minha dúvida é: como os pools não estão cooperando, qual seria o impacto de uma quantidade considerável de poder de processamento bruto sair da mineração ?, como saber qual seria a contribuição liquida dele na rede ?

Consigo entender que a mineração é como uma maratona, o fato de ter 100 corredores não vai fazer a corrida levar 100 vezes menos tempo do que se tivesse um corredor só, e podemos afirmar que a contribuição marginal de um corredor para a redução do tempo da corrida é praticamente nulo.
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Então, isto me remete a outra curiosidade, como sabemos, os mineradores todos (ou pelo menos os pools) competem entre si, por este motivo não faz muito sentido considerarmos o poder de processamento da rede como um todo.
Explico, vamos considerar que existem apenas dois pools, cada um deles tem capacidade de processamento de 10GH/s, ou seja, a rede como um todo possui 20GH/s, porém eles estão competindo, hora um resolve o algoritimo de mineração ora outro, se um dos pools for desligado a rede terá perdido 50% do poder de processamento, entretanto acredito que a dificuldade não se alteraria substancialmente, visto que ainda temos poder nominal de processamento de 10GH/s..

Faz sentido isto ?

Isso é uma coisa que leva um tempo pra compreender mesmo, pois estamos acostumados a ideia de servidores centralizados onde mesmo havendo varios servidores sempre existe uma coordenação e distribuição do trabalho, mas no Bitcoin temos um sistema verdadeiramente distribuido onde cada "servidor" opera completamente independente dos demais.

A formação do hash do bloco deve ter um ritmo de 1 a cada 10 minutos, e pra manter esse ritmo a dificuldade do hash é ajustada seguindo o principio de uma Poissom Distribution, ou seja existe uma probabilidade X de surgir um hash correto a cada N hashs, portanto quanto mais hashs sendo produzidos mais rapido surge um hash correto, sem nenhuma necessidade de uma coordenação do trabalho.

E é por isso que a rede adapta a dificuldade quando aumenta o poder de processamento, ou sendo mais preciso, quando os blocos começam a ser encontrados num ritmo mais rápido ou mais lento.

Então respondendo sua questão, os pools competem entre sí mas também se complementam, e o poder de processamento da rede é a "soma" do hashrate de cada minerador. Mas essa "soma" de fato não existe, pois não há coordenação central que possa saber o poder individual de cada minerador, o que há é uma estimativa baseada no tempo de geração dos blocos.



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Ótima análise Peao.


Já passamos por uma situação como essa e não houve redução significativa na mineração.

Em 2011, na "golden age" da mineração com GPU, tivemos a alta da cotação de menos de $0,50 para mais de $30,00. Vcs podem ver nos gráficos abaixo:
http://bitcoincharts.com/charts/mtgoxUSD#rg360zczsg2011-01-01zeg2011-12-31ztgSzm1g10zm2g25
Em escala log:
http://bitcoincharts.com/charts/mtgoxUSD#rg360zczsg2011-01-01zeg2011-12-31ztgSzm1g10zm2g25zl
Foi uma multiplicação de 62x na cotação. Se formos comparar com o nosso padrão mais recente de cotação ($100), seria o equivalente a essa alta de dezembro ter chegado em $6.200,00!

Sendo que logo em seguida, o preço caiu para a mínima de $2,00 e permaneceu na média de $5,00 até junho de 2012. Isso representa uma queda de 93,5% se considerarmos $2,00 ou 84% se considerarmos o patamar de $5,00.


Você sabe me dizer qual foi o motivo desta queda abrupta ?


Agora vem a parte interessante. A dificuldade praticamente não foi afetada, pois não houve redução do poder de processamento da rede! Vejam no gráfico com escala log:
http://bitcoin.sipa.be/index.html (infelizmente não encontrei um gráfico melhor)


Então, isto me remete a outra curiosidade, como sabemos, os mineradores todos (ou pelo menos os pools) competem entre si, por este motivo não faz muito sentido considerarmos o poder de processamento da rede como um todo.
Explico, vamos considerar que existem apenas dois pools, cada um deles tem capacidade de processamento de 10GH/s, ou seja, a rede como um todo possui 20GH/s, porém eles estão competindo, ora um resolve o algoritimo de mineração ora outro, se um dos pools for desligado a rede terá perdido 50% do poder de processamento, entretanto acredito que a dificuldade não se alteraria substancialmente, visto que ainda temos poder nominal de processamento de 10GH/s..

Faz sentido isto ?


Ela teve apenas uma pequena queda no final de 2011, se estabilizou no começo de 2012 e depois voltou a subir...

Lembro bem dessa época. Era consenso que os miners iriam cessar suas atividades. Mas... Isso não aconteceu, hehe.
Depois dessa época, algumas coisas ficaram claras e acredito que podem se repetir no caso de outro evento de queda extrema da cotação:

1. Muita gente minerava pagando nada ou muito pouco em eletricidade. Como os equipamentos já estavam comprados, não havia motivo para parar;
2. Muita gente continuou minerando, mesmo com prejuízo, com esperança de que o preço voltaria a subir;
3. Muita gente continuou minerando pois era a forma mais fácil de conseguir Bitcoins no seu país;
4. Alguns continuaram a minerar "pela causa" Bitcoin.

Ademais, acredito que numa situação semelhante hoje em dia, ainda teríamos o agravante de que o equipamento para mineração atual (ASICs) não poder ser vendido para ser utilizado em outras áreas, como era o caso das GPUs.

Por isso não acredito numa queda abrupta e forte na capacidade de processamento da rede num caso de queda forte na cotação do Bitcoin.


Interessante, este misto de militância, confiança em valor futuro e falta de opção (ASIC só serve pra calcular Hashs) consegue realmente fazer a moeda superar estes obstáculos que encontram pelo caminho.
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Isso ja aconteceu com uma altcoin, acho que a terracoin, a um tempo atrás, alguém colocou um ASICs pra minerar, puxou a dificuldade para as nuvens e depois desligou o equipamento e deixou a dificuldade se readequar, mas parece que isso demorou quase uma semana. Com confirmações de dias para cada bloco.

legendary
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De certa forma, e conforme analise feita, concordo com o Peao.

Acho que existe maior risco de uma pool ficar com 51% da rede de processamento. Se isso acontecer eles passam a poder controlar a rede.

Pode-se achar que isso não é possível, por questões principalmente financeiras e logísticas.
Mas, basta um governo, tipo EUA ou China, montar um centro de mineração, em poucos meses conseguira ter os 51%...
legendary
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Vamos partir do principio que aconteça algo significativo e que a cotação do BTC caia demasiadamente, isto iria com certeza afugentar uma parcela de mineradores, imaginemos que seja uma parcela significativa, digamos, 90%, neste caso o poder de processamento cairia muito também.

Bom, já que o Algorista, que é muito atuante aqui no do fórum, sempre com ótimos posts, também pensa de forma semelhante, posso elaborar um pouco melhor minha resposta.

Eu não concordo com isso, eu acredito sim que bastaria a cotação baixar uns 90% e a mineração já cessaria na mesma proporção.
Eu não imagino nenhum minerador mantendo seus equipamentos ligados consumindo energia sem esperar por um lucro.

Já passamos por uma situação como essa e não houve redução significativa na mineração.

Em 2011, na "golden age" da mineração com GPU, tivemos a alta da cotação de menos de $0,50 para mais de $30,00. Vcs podem ver nos gráficos abaixo:
http://bitcoincharts.com/charts/mtgoxUSD#rg360zczsg2011-01-01zeg2011-12-31ztgSzm1g10zm2g25
Em escala log:
http://bitcoincharts.com/charts/mtgoxUSD#rg360zczsg2011-01-01zeg2011-12-31ztgSzm1g10zm2g25zl
Foi uma multiplicação de 62x na cotação. Se formos comparar com o nosso padrão mais recente de cotação ($100), seria o equivalente a essa alta de dezembro ter chegado em $6.200,00!

Sendo que logo em seguida, o preço caiu para a mínima de $2,00 e permaneceu na média de $5,00 até junho de 2012. Isso representa uma queda de 93,5% se considerarmos $2,00 ou 84% se considerarmos o patamar de $5,00.

Agora vem a parte interessante. A dificuldade praticamente não foi afetada, pois não houve redução do poder de processamento da rede! Vejam no gráfico com escala log:
http://bitcoin.sipa.be/index.html (infelizmente não encontrei um gráfico melhor)

Ela teve apenas uma pequena queda no final de 2011, se estabilizou no começo de 2012 e depois voltou a subir...

Lembro bem dessa época. Era consenso que os miners iriam cessar suas atividades. Mas... Isso não aconteceu, hehe.
Depois dessa época, algumas coisas ficaram claras e acredito que podem se repetir no caso de outro evento de queda extrema da cotação:

1. Muita gente minerava pagando nada ou muito pouco em eletricidade. Como os equipamentos já estavam comprados, não havia motivo para parar;
2. Muita gente continuou minerando, mesmo com prejuízo, com esperança de que o preço voltaria a subir;
3. Muita gente continuou minerando pois era a forma mais fácil de conseguir Bitcoins no seu país;
4. Alguns continuaram a minerar "pela causa" Bitcoin.

Ademais, acredito que numa situação semelhante hoje em dia, ainda teríamos o agravante de que o equipamento para mineração atual (ASICs) não poder ser vendido para ser utilizado em outras áreas, como era o caso das GPUs.

Por isso não acredito numa queda abrupta e forte na capacidade de processamento da rede num caso de queda forte na cotação do Bitcoin.
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Esse limite de 4x está presente em todas as coins e quase ninguém sabia.

Uma vez eu li num chat alguém comentando que uma altcoin teria sofrido um ataque desses ao receber um "choque" de ASICS e a dificuldade foi nas nuvens, depois o miner removeu o ASIC e a coisa desandou.
Infelizmente eu nunca consegui confirmar isso, pois não vi na hora qual foi a altcoin e a data do incidente.


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Grande Algorista

acabei de ler o seu tópico em inglês, pensei que teriam mais discussões, me pareceu um tema pouco explorado...

Então, eu tenho o mesmo receio que você, no caso de uma queda brusca na cotação ou um ataque de governos aos poucos pools pode impactar na moeda.

Esta informação dos limites na dificuldade (1/4 ou 4x) para mim é nova, isso poderia atrasar ainda mais, pois se o poder de processamento cair para menos de 25% a dificuldade será reajustada para 25%, sendo corrigida só depois de 2016 blocos.

E este limite superior de 4x talvez explique o fato de termos mais de dois meses de blocos minerados antes da hora
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A um tempo eu consegui fazer fluir esse assunto no fórum principal:

https://bitcointalksearch.org/topic/and-if-half-of-the-miners-turn-off-their-hardwares-315259

A conclusão que fechou o tópico foi que seria necessário um E.L.E. (Extinction Level Event) para parar a mineração a ponto do Bitcoin não formar mais blocos.

Eu não concordo com isso, eu acredito sim que bastaria a cotação baixar uns 90% e a mineração já cessaria na mesma proporção.
Eu não imagino nenhum minerador mantendo seus equipamentos ligados consumindo energia sem esperar por um lucro.

Claro que o código fonte poderia ser alterado pra corrigir as coisas, mas daí o estrago já teria seus efeitos.

Obs: eu não falo inglês, tb não escrevo em inglês, eu já me esforço bastante pra ler em inglês.

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É possível, porém, improvável.

 Wink
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