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Topic: Uma ideia lúcida de como poderia ser o sistema de impostos - page 2. (Read 435 times)

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A população da Noruega são 5 milhões de habitantes.
É menor do que o rio de janeiro. E só gente educada.

Aqui temos uma população de centenas de milhões de habitantes de analfabetos funcionais.

Sem duvida esse também é um ponto fundamental. Tanto a educação como a dimensão.
Quando a comunidade é mais pequena, é mais fácil trabalhar em grupo do que quando é maior. E se todos tiverem mais ou menos o mesmo nível de educação, torna as coisas ainda mais fáceis.

Uma coisa é certa, já foram apresentados dezenas de modelos diferentes, e até agora nenhum foi realmente eficiente, no caso do Brasil (e não só que outros países passam pelo mesmo).
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"A Noruega como exemplo"



A população da Noruega são 5 milhões de habitantes.
É menor do que o rio de janeiro. E só gente educada.

Aqui temos uma população de centenas de milhões de habitantes de analfabetos funcionais.

Ainda acharam reservas enormes de petroleo lá.

Como que quer comparar com o Brasil, onde a galera caga na rua?

Outro dia vi você falando que o Brasil tem a 9a maior reserva de petróleo do mundo. Mas somos  o 5o maior país em área. Então temos um terreno mais pobre que a média mundial de petróleo? Me parece que sim. Deveríamos ser pelo menos o 5o maior em reservas. Não dá pra achar o petróleo vai desenvolver o país como fez com a Noruega.



Outra comparação que adoram fazer é com a China.
Mas o que tornou a  china grande foi o Deng, não o Mao.

Estou lendo o livro " sobre a China" do kissinger  e ele explica exatamente isso.

A administração Deng priorizava a competência técnica, não a ideológica. Ele retirou os incompetentes dos cargos públicos e colocou gente competente, o contrario do que a esquerda brasileira faz  que coloca pessoas em cargos chave por ideologia e não por competência.

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There's no need to be upset
Boa Joker. Eu li na diagonal  Roll Eyes

Ai chega a realidade:

A câmara aprovou o projeto que prevê cobrança de 20% de imposto de importação + ICMS em compras de até US$50.

Imposto total de 44,57% abaixo de $50 e mais de 90% acima de $50.

Lips sealed

Hoje li algo que achei cirúrgico e se aplica completamente:
“Política não tem lado, tem preço.”

Definitivamente a última coisa que dá pra esperar do governo brasileiro é lucidez.
3 trilhões de reais tá pouco.
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Ai chega a realidade:

A câmara aprovou o projeto que prevê cobrança de 20% de imposto de importação + ICMS em compras de até US$50.

Imposto total de 44,57% abaixo de $50 e mais de 90% acima de $50.

Lips sealed
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o que quero dizer é que se fosse só dinheiro a questão já teria sido resolvida.
é mais complexo que isso

Existe aquele velho ditado: "não dês o peixe, ensina a pescar". Se as pessoas não querem aprender a pescar, ou tem dificuldade em obter a cana de pesca, devido a interesses superiores, fica difícil.



Paredao, não sei onde vc quer chegar, você acha que o estado no Brasil tem que ser forte e maior do que já é?

Não. O que ele quis mostrar - pelo o que eu entendi, é que será preciso o Estado pensar para o bem coletivo e a longo prazo, para realmente começar a fazer diferente. Ser humilde para aprender, e depois então rentabilizar.

Antes de nacionalizar, aprender, e depois sim pode seguir o caminho de ser 100% nacional. Mas, para isso tem de esperar 20 ou 30 anos.
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muita gente propagandeia essa ideia miraculosa de que o problema da fome no mundo se resolve com dinheiro, o governo obviamente vai puxar a sardinha pra mais taxação, mas Elon mesmo já disse que doaria alguns bilhões para alguém que tivesse um plano de ação concreto e auditável, faz uns anos no twitter, ninguém apareceu.

Claro que com dinheiro resolve-se a fome do mundo... das pessoas que se envolvem nesses supostos projetos.
Infelizmente, esses projetos e iniciativas só funcionam em pequena escala e no inicio, quando o dinheiro começa a entrar as coisas deixam de funcionar. Por isso é que ninguém respondeu ao Elon.

Infelizmente não existe um interesse real para resolver esses problemas. E por mais esforços que sejam feitos, infelizmente, dificilmente vamos resolver esse problema. Se nem em países desenvolvidos, conseguem acabar com a fome, como vão acabar em países terceiros?

A verdade é que quem tem real capacidade para fazer algo, só se move por interesses próprios, e por isso, enquanto houver esse nível de egoísmo, o problema mantem-se.

o que quero dizer é que se fosse só dinheiro a questão já teria sido resolvida.
é mais complexo que isso

existem frentes trabalhando nesse problema mas coisas sistêmicas não costumam ser resolvidas de forma simples e rápida também...



Paredao, não sei onde vc quer chegar, você acha que o estado no Brasil tem que ser forte e maior do que já é?
pode desenvolver seu ponto ao invés de colar links e artigos?

Noruega: 5.5 milhões de habitantes
Brasil: 240 milhões de habitantes

o próprio artigo fala sobre a Noruega optando por abrir o mercado no caso da hidrelétrica ao invés de nacionalizar...
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Em homenagem ao nosso amigo joker_josue, irei postar um artigo de um jornal português. Como sei que você não lei os links que eu posto, colocarei o artigo completo. O artigo se refere a Noruega. Vamos lá:

"A Noruega como exemplo"

Olha, esse artigo ainda não tinha visto.

O problema em Portugal, é mesmo o que esta mencionado no final do artigo. Usa-se sempre o mesmo método para gerir as coisas, cometendo repetidamente os mesmos erros. A visão não é a longo prazo, mas sim quem é que vai inaugurar. E quando é assim, fica difícil.
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assim vc fica parecendo meus amigos de esquerda que querem soluções simplistas para problemas complexos.

Comparar o Brasil (e qualquer país da América do Sul) com os Nórdicos a Suécia e a Alemanha? Boa sorte...
as condições são completamente diferentes, aqui é muito mais complexo de resolver os problemas sociais e eu acho que dificilmente resolveremos com ainda mais estado e mais impostos do que temos agora.


Em homenagem ao nosso amigo joker_josue, irei postar um artigo de um jornal português. Como sei que você não lei os links que eu posto, colocarei o artigo completo. O artigo se refere a Noruega. Vamos lá:

"A Noruega como exemplo"

"Esquecemo-nos com frequência de que a Noruega pré industrial era um país bastante mais pobre e irrelevante do que Portugal."

"Escrevo hoje sobre como podemos e, na minha opinião, devemos, seguir o exemplo de quem faz melhor que nós.


Ao longo de décadas habituámo-nos à má gestão do património público, ao desperdício dos poucos recursos naturais que temos e à péssima gestão de empresas estatais ou com participação do Estado. Numa altura em que discutimos a transição energética e as nossas reservas de lítio,

são os atrasos consecutivos dos projectos, as perdas de oportunidade, o nepotismo constante e a corrupção que nos fazem desacreditar numa gestão pública de organizações e alimentam o cépticismo, em especial dos liberais, onde me incluo.

O problema não é necessariamente o Estado, é este Estado, o seu peso e a sua inaptidão. É a falta de regulamentação, de estratégia e a navegação à vista.

Então e se adoptássemos uma estratégia diferente? Antes que o leitor divague em como Portugal não é a Noruega e entremos na eterna discussão de que é melhor ser pobre e ter sol do que rico e ter os invernos Noruegueses, farei uma rápida abordagem a este país nórdico e em especial a maneira como se organizaram na gestão dos seus recursos naturais.

Esquecemo-nos com frequência de que a Noruega pré industrial era um país bastante mais pobre e irrelevante do que Portugal. Sendo um país com alguns recursos naturais, a industrialização do país começou com a exploração de madeira ao qual se seguiu a exploração e produção de alumínio.

Mais importante que isso, foi a estratégia aplicada na produção de energia hidroeléctrica, recurso muito relevante para o futuro deste país. Em vez da nacionalização – que parece ser a única coisa que Portugal consegue pensar – a Noruega optou precocemente pela abertura ao mercado. Estabeleceram regras apertadas à entrada e à operação de empresas estrangeiras, podendo o Estado Norueguês adoptar um papel regulador e fiscalizador da actividade enquanto mantinha uma percentagem do negócio.

Este método, associado a contractos mais longos, baixa corrupção, controlo do nepotismo, democracia plena e promoção da industrialização, permitiram ao Estado Norueguês assegurar, a longo prazo, o seu investimento nos equipamentos necessários à exploração dos aquíferos e o know how necessário para o fazer.

Chegados aos anos 50 do século passado, a Noruega não tinha ainda descoberto crude, actualmente o seu maior activo. Quando tal aconteceu, ninguém no país tinha capacidade ou experiência para explorar este recurso, estando muito aquém do nível dos ingleses ou americanos.

O método escolhido pelos Noruegueses tratou-se no fundo de uma replicação do modelo utilizado para a exploração dos recursos hídricos, optando por uma joint-venture entre o Estado Norueguês e as empresas estrangeiras. O Estado deu concessões e licenças a empresas estrangeiras para explorar o crude da mesma maneira que fez com as centrais hidroeléctricas. Numa abordagem muito pragmática e de longo prazo, este método permitiu aos noruegueses ganharem a experiência que não tinham na extracção dos recursos naturais, ao mesmo tempo que, num percentual inferior, o Estado foi sempre ganhando dinheiro com a exportação do crude, através da sua pequena percentagem.

Findo o período da concessão, o Estado norueguês estava capaz de assumir a exploração e de ficar com a totalidade do retorno monetário. A grande questão era agora: como garantir que este dinheiro chega ao povo? Porque não se transformou a Noruega num petro-estado autocrático como tantos outros neste mundo? Dos 25 petro-estados do mundo, só há 2 democráticos, a Indonésia e a Noruega, sendo que apenas no último a democracia é total.

Por esta altura, surge aquilo que considero uma enorme lição para o nosso país, pois a verdade é que o futuro tudo tem a ver com os sistemas políticos em vigor, a estratégia de longo termo, a geografia e a história.

O Estado norueguês optou pela criação de um fundo soberano para onde seriam canalizadas as receitas da exploração dos recursos. A ideia da propriedade comunal dos recursos já vinha do tempo da exploração de madeira e do desenvolvimento hidroeléctrico do país e foi assim actualizada para este momento.

O fundo soberano da Noruega tem regras apertadas sendo aquela que considero mais interessante, o facto de cada governo estar impossibilitado de gastar imediatamente mais do que 3% do retorno anual. Deste modo, o dinheiro é investido na população mas não tem benefícios políticos especiais para quem está no governo, nem alimenta demasiado casos de corrupção ou nepotismo, garantindo a independência política e o baixo nível de desigualdade. As instituições democráticas plenas fazem o resto.

Paralelamente, este fundo soberano pode assim “engordar” e investir noutros sectores e noutros mercados, diversificando o investimento. Do petro-estado que podia ser, a Noruega é hoje um estado investidor global nos mais variados sectores e mercados, minimizando assim o impacto político e garantindo o futuro das próximas gerações, tudo de uma assentada.

Numa altura em que tanto se discute a gestão da TAP e de outras empresas públicas ou a exploração de lítio, Portugal tem de aprender que negócios com privados não são por definição maus, assim como negócios em que o Estado esteja envolvido também não o são. Em negócios, tudo depende da boa gestão e organização que se faz dos mesmos. É fundamentalmente importante entender que não podemos continuar a fazer tudo como sempre fizemos, sob pena de quem insiste no erro, estar condenado ao mesmo resultado final: fracasso, despesismo, nepotismo e ausência de prosperidade ou melhoria de qualidade de vida do povo português.

Não é por termos bom tempo que temos de ser maus gestores ou ter uma cultura apenas de pensamento dia a dia. Não é por termos boa comida que temos de ser incompetentes na gestão. O que temos de fazer, é uma autoanálise, entender o quão latinos (aqui, em sentido pejorativo na medida em que tendemos a associar os países nórdicos a maior competência) somos nestas questões, e criar mecanismos que nos defendam da nossa realidade.

A exploração dos recursos naturais e geográficos nacionais pode e deve ser uma realidade seja o lítio, as nossas florestas, os nossos portos atlânticos, a nossa ligação com o continente Africano, o mar ou até a TAP e outras empresas públicas. O que não podemos é continuar a fazer tudo da mesma forma.

Fonte
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muita gente propagandeia essa ideia miraculosa de que o problema da fome no mundo se resolve com dinheiro, o governo obviamente vai puxar a sardinha pra mais taxação, mas Elon mesmo já disse que doaria alguns bilhões para alguém que tivesse um plano de ação concreto e auditável, faz uns anos no twitter, ninguém apareceu.

Claro que com dinheiro resolve-se a fome do mundo... das pessoas que se envolvem nesses supostos projetos.
Infelizmente, esses projetos e iniciativas só funcionam em pequena escala e no inicio, quando o dinheiro começa a entrar as coisas deixam de funcionar. Por isso é que ninguém respondeu ao Elon.

Infelizmente não existe um interesse real para resolver esses problemas. E por mais esforços que sejam feitos, infelizmente, dificilmente vamos resolver esse problema. Se nem em países desenvolvidos, conseguem acabar com a fome, como vão acabar em países terceiros?

A verdade é que quem tem real capacidade para fazer algo, só se move por interesses próprios, e por isso, enquanto houver esse nível de egoísmo, o problema mantem-se.
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<...>

Liga não amigo joker_josue. O lucasgabd nunca ouviu falar de Estado de Bem Estar Social. Nunca ouviu falar que os melhores países e com melhores IDH são Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Alemanha, dentre outros. Tem muito neoliberal que esconde essa realidade. Fazer o que. Cada um mostra as estatísticas do jeito que mais lhe convém.  Undecided

assim vc fica parecendo meus amigos de esquerda que querem soluções simplistas para problemas complexos.

Comparar o Brasil (e qualquer país da América do Sul) com os Nórdicos a Suécia e a Alemanha? Boa sorte...
as condições são completamente diferentes, aqui é muito mais complexo de resolver os problemas sociais e eu acho que dificilmente resolveremos com ainda mais estado e mais impostos do que temos agora.

<...>

Seila, o Lula fez um tweet essa semana sobre taxar bilionários e como 2% ja seria suficiente pra acabar com a fome do mundo. Mas ninguem fala que produzirmos 30% + comida do que o mundo precisa.
Não temos problema com TER COMIDA, mas com sistemas de distribuição, com lixo, com habitos de consumo. Com mil coisas que mais dinheiro ou mais produção não resolveriam.

muita gente propagandeia essa ideia miraculosa de que o problema da fome no mundo se resolve com dinheiro, o governo obviamente vai puxar a sardinha pra mais taxação, mas Elon mesmo já disse que doaria alguns bilhões para alguém que tivesse um plano de ação concreto e auditável, faz uns anos no twitter, ninguém apareceu.

Essas ideias parecem boas, mas geram distorções e mais problemas.

Quando estudei economia li que um país aumentou impostos sobre iates e desestabilizou totalmente a economia duma região. Gerou desemprego, pois ninguém mais comprava iates lá. Daí aumentou a pobreza, gerou um efeito em cadeia negativo.
E os ricos continuaram andando de iate, mas compravam em outros países e gastavam mais dinheiro fora.

Toda intervenção do estado na economia irá sempre gerar uma ineficiência econômica em algum lugar.

Existem algumas medidas regulatorias que realmente o estado tem que atuar, como monopólios e coisas assim (acho que casa desocupada pode ser legal atuar tb), mas sabendo que sempre essas atuações geram impactos negativos imprevistos.

É bem por aí mesmo
Sem julgar se algo é bom ou ruim, podemos dizer que praticamente qualquer coisa que o estado mudar, vai afetar bastante coisa né?

É um bom exemplo o dos iates, e tem países que veem essa oportunidade e agarram para desonvolver algum mercado e puxar empresas pra lá
Carros de luxo também, alguém tem que fazer, alguém vai cuidar da manutenção desse carro, alguém vai fazer o seguro e por aí vai



tudo afeta tudo, a questão é em que grau (maior ou menor)
acho que o resultado de uma mudança drástica em direção ao zero imposto ou para algo estilo Dubai seria caos social, provavelmente uma mudança gradual seria mais saudável, é óbvio que não vai acontecer pq o sistema funciona bem em termos de manutenção do status quo, mas nesse cenário complexo em que dá pra mudar apenas algumas variáveis a taxação de bens de luxo, supondo que o governo se tornasse mais eficiente, me parece fazer sentido

o problema é essa parte em negrito, o governo aqui dificilmente se tornará mais eficiente.
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Essas ideias parecem boas, mas geram distorções e mais problemas.

Quando estudei economia li que um país aumentou impostos sobre iates e desestabilizou totalmente a economia duma região. Gerou desemprego, pois ninguém mais comprava iates lá. Daí aumentou a pobreza, gerou um efeito em cadeia negativo.
E os ricos continuaram andando de iate, mas compravam em outros países e gastavam mais dinheiro fora.

Toda intervenção do estado na economia irá sempre gerar uma ineficiência econômica em algum lugar.

Existem algumas medidas regulatorias que realmente o estado tem que atuar, como monopólios e coisas assim (acho que casa desocupada pode ser legal atuar tb), mas sabendo que sempre essas atuações geram impactos negativos imprevistos.

É bem por aí mesmo
Sem julgar se algo é bom ou ruim, podemos dizer que praticamente qualquer coisa que o estado mudar, vai afetar bastante coisa né?

É um bom exemplo o dos iates, e tem países que veem essa oportunidade e agarram para desonvolver algum mercado e puxar empresas pra lá
Carros de luxo também, alguém tem que fazer, alguém vai cuidar da manutenção desse carro, alguém vai fazer o seguro e por aí vai

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Muitos ''mercados de luxo'' realmente giram verdadeiras economias, com muitas famílias dependendo disso. E quando pensamos nesses mercados, esquecemos disso.

Exatamente. Agora, o que pode não fazer sentido, é essas pessoas não terem um ordenado digno para o trabalho que realizam. Mas, isso já é outra questão.
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Essas ideias parecem boas, mas geram distorções e mais problemas.

Quando estudei economia li que um país aumentou impostos sobre iates e desestabilizou totalmente a economia duma região. Gerou desemprego, pois ninguém mais comprava iates lá. Daí aumentou a pobreza, gerou um efeito em cadeia negativo.
E os ricos continuaram andando de iate, mas compravam em outros países e gastavam mais dinheiro fora.

Toda intervenção do estado na economia irá sempre gerar uma ineficiência econômica em algum lugar.

Existem algumas medidas regulatorias que realmente o estado tem que atuar, como monopólios e coisas assim (acho que casa desocupada pode ser legal atuar tb), mas sabendo que sempre essas atuações geram impactos negativos imprevistos.

Acho que esse é um aspecto interessante, que no debate ''bens de luxo'' poucos citam e eu mesmo não tinha ''percebido'' até ler esse post.

Recentemente eu fiquei hospedada em uma casa na beira do mar que tinha um ''estacionamento de barcos'' nos fundos das casas. Eu fiquei vários dias e vi dezenas de funcionários, cuidando dos barcos, conversando com o pessoal, ajudando em tudo de infra que todos precisavam. Mas eu não vi ninguém sair de barco e ninguém que parecia ''O SENHOR CABEÇA BRANCA DO IATE''. 

Muitos ''mercados de luxo'' realmente giram verdadeiras economias, com muitas famílias dependendo disso. E quando pensamos nesses mercados, esquecemos disso.

Seila, o Lula fez um tweet essa semana sobre taxar bilionários e como 2% ja seria suficiente pra acabar com a fome do mundo. Mas ninguem fala que produzirmos 30% + comida do que o mundo precisa.
Não temos problema com TER COMIDA, mas com sistemas de distribuição, com lixo, com habitos de consumo. Com mil coisas que mais dinheiro ou mais produção não resolveriam.
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Fonte: Wikipédia.

Acredito que não há tanta imparcialidade no que eles publicam.


Tb não acho que  o Paulo gala seja imparcial... me parece só mais um influencer / coach esquerdista.

De qualquer form, não acho que faça nenhum sentido querer se tornar Noruega com políticas iguais da Venezuela  Cheesy
Que são basicamente opostas.

Vai ver lá na Noruega se eles tem petrolao.
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Por acaso, todos esses países estão entre os países com menor intervenção na economia no mundo:
https://www.heritage.org/index/pages/all-country-scores

Os brasileiros que admiram o Estado de Bem Estar social querem chegar lá utilizando as políticas da Venezuela, Argentina, Coreia do Norte, justamente os que tem maior intervenção do estado na economia...

Como você mesmo disse, cada um mostra as estatística que mais lhe convém...

Coloco as palavras do economista Paulo Gala sobre esse índice.

"A superficialidade do índice de liberdade econômica

Usado no universo da blogosfera e do YouTubenomics o índice de liberdade econômica na verdade é uma construção frágil e “marketeira” do livre mercardismo primitivo. Nenhum trabalho acadêmico e científico sério usou ou testou empiricamente esse índice. Talvez a consideração mais relevante a esse constructo tenha sido dada por jeff Sachs em seu livro “The end of poverty”; o autor mostra a irrelevância e insignificância do índice numa das passagens de seu livro. A ideia simplista do indice é da que onde há mais “liberadade econômica” o capitalismo floresce. Na verdade não foi isso que se observou na história. Os primeiros passos das atuais potências sempre foi proteger sua indústria para num segundo momento, depois de manduros, se abrir e defender o liberalismo. Assim foi com Inglaterra, EUA, Alemanha, Japão, Coreia, Índia e China, entre outros. Deixo aqui algumas referências de trabalhos e livros sérios sobre o tema."

"Vídeo que gravei sobre o tema:"

https://www.youtube.com/watch?v=93sP2rsXrVM
Rodrik sobre politica industrial

https://drodrik.scholar.harvard.edu/publications/industrial-policy-twenty-first-centuryhttps://www.nber.org/papers/w23378

Rodrik sobre abertura comercial:

https://www.nber.org/papers/w23378

FMI sobre politica industrial

https://www.imf.org/en/Publications/WP/Issues/2019/03/26/The-Return-of-the-Policy-That-Shall-Not-Be-Named-Principles-of-Industrial-Policy-46710

John Williamson sobre liberdade de fluxos de capital:

https://www.amazon.com.br/Curbing-Boom-Bust-Cycle-Stabilizing-Emerging/dp/0881323306

Alguns livros sobre o tema:

https://www.amazon.com/Concrete-Economics-Hamilton-Approach-Economic/dp/1422189813
 

https://www.amazon.com.br/Coisas-que-Contaram-sobre-Capitalismo-ebook/dp/B00ZUX4GIO
https://www.amazon.com.br/Entrepreneurial-State-Debunking-Public-Private/dp/1610396138
https://www.amazon.com.br/How-Asia-Works-Success-Failure/dp/0802121322

Fonte: https://www.paulogala.com.br/a-superficialidade-do-indice-de-liberdade-economica/

Quem é Paulo Gala:

Graduado em Economia pela FEA-USP. Mestre e Doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Foi pesquisador visitante nas Universidades de Cambridge UK e Columbia NY. Foi economista, gestor de fundos e CEO em instituições do mercado financeiro em São Paulo. É professor de economia na FGV-SP desde 2002. Brasil, uma economia que não aprende é seu último livro. Conselheiro da FIESP e Economista-chefe do Banco Master


Quanto a fundação Heritage, vejamos o que ela é:

A The Heritage Foundation é um think tank conservador norte-americano com sede em Washington, DC. A missão da fundação Heritage é "formular e promover políticas públicas conservadoras de livre mercado, governo limitado, liberdade individual, valores tradicionais e uma forte ênfase na defesa nacional".

A fundação assumiu o papel de liderança do movimento conservador durante a presidência de Ronald Reagan, cujas políticas vieram do estudo político intitulado Mandate for Leadership. Desde então a Heritage Foundation continuou a ter uma influência significativa nas políticas públicas americanas e é considerada uma das mais influentes organizações conservadoras de pesquisa nos Estados Unidos.

Fonte: Wikipédia.

Acredito que não há tanta imparcialidade no que eles publicam.

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Por acaso, todos esses países estão entre os países com menor intervenção na economia no mundo:
https://www.heritage.org/index/pages/all-country-scores

Os brasileiros que admiram o Estado de Bem Estar social querem chegar lá utilizando as políticas da Venezuela, Argentina, Coreia do Norte, justamente os que tem maior intervenção do estado na economia...

Como você mesmo disse, cada um mostra as estatística que mais lhe convém...
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Como eu digo sempre, as estatísticas podem serem apresentadas de muitas formas. Os mesmos números - verdadeiros, podem ser apresentados de forma positiva ou negativa, conforme as métricas que se aplicar.
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Eu acho que é isso que já anda acontecer muito, principalmente na Europa. Em França e na Espanha, até grande fortunas tem taxas extras.

A Espanha andam atras de todos os tipos do futebol que durante anos ganharam fortunas no país e desviaram o dinheiro para offshores, e agora existe uma data de processos para pagarem multa e os impostos que não pagaram antes.



Liga não amigo joker_josue. O lucasgabd nunca ouviu falar de Estado de Bem Estar Social. Nunca ouviu falar que os melhores países e com melhores IDH são Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Alemanha, dentre outros. Tem muito neoliberal que esconde essa realidade. Fazer o que. Cada um mostra as estatísticas do jeito que mais lhe convém.  Undecided
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em resumo
aumentar a taxação sobre bens de luxo
aumentar a taxação sobre casas não ocupadas (segundas casas/casas de veraneio)
diminuir a taxação sobre renda (já que os ricos não pagam mesmo)
diminuir a taxação sobre ganho de capital (já que ricos podem pegar emprestado e não vender nunca)

Mas isso é ideia "apenas"?

Eu acho que é isso que já anda acontecer muito, principalmente na Europa. Em França e na Espanha, até grande fortunas tem taxas extras.

A Espanha andam atras de todos os tipos do futebol que durante anos ganharam fortunas no país e desviaram o dinheiro para offshores, e agora existe uma data de processos para pagarem multa e os impostos que não pagaram antes.

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Ganho de capital. Ok também, estamos em um mundo onde quem possui dinheiro não compra mais quase nada... vive só de serviços de locação, desde celular até os carrões, onde é muito mais viável pagar para ter algo sempre novo e não se incomodar nunca com eventuais manutenções ou ficar parado por algo quebrado.

Será que aumentar o imposto sobre movimentações financeiras e/ou lucro de pessoas físicas na casa dos milhões/U$/mês não seria uma boa também?

locação de celular?
imagino que existe mas essa não lembro de ter visto antes

até onde sei chutaria que quem ganha bem não se incomoda de trocar de iphone quando quiser e imagino que um ou outro troque sempre que sai um modelo novo...
eu acho esse comportamento meio desnecessário e me lembra as animações do Steve Cutts, mas quem sou eu na fila do pão né...



Paredao, mais comentários construtivos e menos coisas na linha do tiozão do pavê, por favor, obrigado Smiley
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