Na discussão de vocês eu sinto um pouco de falta dos elementos humanos.
Quando pensamos ''duvido que a maioria vai querer viver assim'', eu realmente acho que estamos falando através de um viés geracional.
Todo mundo sabe como as crianças de hoje já lidando com as telas muito antes que elas aprendam a falar. Eu tenho um irmão de 16 anos que nunca teve nenhuma namoradinha, e quase nunca sai com os amigos. MAAAAAAS ele usa o snapshot pra saber onde cada um dos amigos dele está, eles tem tipo um 'compartilhar localização em tempo real'' como default no app. Ele é SUPER quieto. Esse tipo de construção de sociabilidade pra mim é o input necessário para que ''danças a dois no metaverso'' sejam tão válidas pra essa geração do que dança a dois reais.
Talvez as novas gerações achem suado demais esse tipo de coisa. EU REALMENTE NÃO SEI, mas quando faço esse exercicio de distorção de perspectiva, eu acho que tem vários elementos psico-sociais que me indicam que a adoção desse second life realmente é grande.
Mas claro que tudo pode mudar e a próxima geracao ainda pode ser meio contra tecnologias e fazer com que as coisas mudem.
bom ponto!
pensar em como a tecnologia afeta nosso comportamento é muito interessante
dá um pouco de medo do que pode vir
tomara que haja um resgate do corpo à nível populacional em algum momento, artes, dança e movimento ajudam nesse sentido.
Sim, concordo 200% com os argumentos.
O fator geração pesa muito.
Obviamente que analisamos o mundo a partir de nossas perspectivas e o julgamos dessa maneira.
Eu por exemplo, fico indignado quando vejo uma goiabeira com o chão forrado de goiabas podres, justamente porque na minha época, comiamos até as verdes. Hoje, as crianças e adolescentes, não tem noção do que é encontrar a goiaba perfeita em meio a folhas, e se jogar pra baixo porque também encontrou caixa de marimbondo. A vida era "loca", perdi muita unha em carrinho de rolimã e tenho cicatrizes que olho e dou risada até hoje.
Creio que a interação com o mundo externo, e essas vivencias nos transforaram em seres humanos mais suscetíveis a aceitar uma falha e tentar novamente, ou a ter a experiência de construir algo do zero e não entrar em algo que foi construído.
A criação, e a geração comportamental mudou mais rápido do que poderíamos assimilar.
Há atitudes que já não vejo nos atuais, não sabem se quer pegar um martelo na mão aos 14 anos, (Aos 14 eu produzia carretas de rolimã...), mas como disseram antes, sabem trabalhar com celular e apps mais rápidos do que nós. Penso que estaremos mais pra "Eu, Robô", do que "Jogador Número Um".
Alguém vai precisar colocar os braços pra trabalhar e creio que não será essa geração.