A Argentina está uma "beleza":
A recessão, aliada à perda de poder aquisitivo da população em decorrência da inflação e da desvalorização da moeda, resultou em cada vez menos dinheiro em circulação, no fechamento de lojas, na queda das oportunidades de emprego e na redução dos trabalhos informais, como pintura, jardinagem e vendedores ambulantes.
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A maioria da população, 95%, define a situação atual como regular a ruim.
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Enquanto isso, as previsões não são nada animadoras. O Banco Mundial prevê uma queda de 3,5% no produto interno bruto da Argentina em 2024, e a CEPAL aponta que a Argentina, juntamente com o Haiti, serão os únicos países latino-americanos cujas economias encolherão este ano."
FontePrimeiro de tudo, eu entendo e concordo que as medidas do Milei podem sim gerar - principalmente no curto prazo- situações sociais extremamente complicadas para pessoas. E como diz no texto, que tem nome e necessidades. E não acho que isso deva ser ignorado. Mas ao mesmo tempo, o texto trás vários dados que eu REALMENTE duvido que seja verdade.
O primeiro, um dado objetivo. Ele cita as ''causas'' da situação: ''decorrência da inflação e da desvalorização da moeda''
Em relação a inflação, em junho, pela primeira vez em 30 anos, a Argentina registrou zero inflação.
Em relação a desvalorização da moeda. Havia um processo artificial de ''manutenção'' do câmbio. Quando esse processo é retirado, é esperado que haja a desvalorização.
Ele também cita os dados do Banco Mundial, mas nos últimos meses o FMI elogiou muito a Argentina e as medidas dizendo que o governo do presidente da Argentina, Javier Milei, “superou” as metas de aumento de reservas internacionais e de déficit fiscal, com resultados “melhores que o esperado para o primeiro trimestre” deste ano.
Sobre 95% das pessoas acharem a situação ruim. Eu acho realmente dificil que o dado seja esse de verdade. Se você procura em portugues, todos os artigos são de blogs declarados de esquerda ''um dos que achei chama VERMELHO - Para esqueda bem informada'' e falam sobre a desaprovação.
Mas se você procura em inglês, há diversas outras pesquisas que trazem dados muito diferentes.
Buenos Aires Times: 22-04-2024 ''Uma nova pesquisa da Opina Argentina mostra que o presidente Milei mantém um índice de aprovação de 49%, apesar da indignação com o enfraquecimento das pensões, o ataque às universidades e a resposta ao surto de dengue.
A última edição da pesquisa mensal da consultoria política Opina Argentina indica que Milei tem um índice de aprovação de 49 por cento, uma queda de apenas um ponto em relação a março.
Distribuindo os resultados por diferentes faixas etárias, os jovens foram os mais favoráveis ao Presidente, com 64 por cento de apoio.''