- algumas cenas, transições e metáforas fazem com que o livro pareça um filme, tem uma transição simples por exemplo no começo do livro onde a mãe de Rearden entra em sua sala para pedir um emprego para o seu irmão, ao final da conversa Ayn não deixa claro que a mãe saiu e simplesmente Rearden já está com outra pessoa na sala, posso estar enganado pq to puxando da memória mas a sensação que tive foi de um corte seco em que do nada o ambiente era o mesmo mas uma personagem tinha sido substituída.
- a densidade de detalhes e as contradições psicológicas das personagens, o livro é desafiador, várias vezes tenho que puxar na memória e já cheguei a ter que voltar páginas pra me lembrar de algum personagem que apareceu antes mas que tinha me esquecido o nome ou o contexto específico
Com certeza está na lista para reler um dia no futuro
Não sei bem quando, mas daqui uns anos gostaria de passar um tempo apenas relendo livros que já li.
Imagino que seja muito diferente reler A revolta de Atlas depois de já ter lido a primeira vez, para observar outros detalhes.
um amigo me mandou esse vídeo anteontem
com uma animação feita com um entrevista dela no fundo onde ela fala sobre amor, achei bem legal
Ayn Rand on Love and Happiness | Blank on Blank
tem algumas entrevistas interessantes com ela no youtube tbm
Acho que nesse momento você já deve ter descoberto, mas o sonho da Ayn e objetivo era escrever roteiros de filme, ela foi pro EUA com essa ideia na verdade e essa sensação de ''filme'' na verdade é completamente proposital, já que as obras foram criadas com esse propósito. E inclusive tem os filmes do Altas e da Nascente, mas eu particularmente achei eles bem ruins.
Eu gosto muito das entrevistas dela, ela é bem rigida e apesar das contradições vividas, acho que sempre houve muito comprometimento dela com as coisas que ela desenhou a filosofia. Mas a vida é dificil senhores hahahaha
to quase no fim do Revolta de Atlas (faltam umas 300-400 páginas e to lendo muito todo dia) e te digo, por essa frase fora de contexto me pergunto se a jornalista realmente leu o livro
Galt é rico, então pode ser que ele seja capaz de comprar alguns vizinhos.
essa frase iria contra todos os princípios morais de Galt
é o retrato do que ele abomina no que por lá eles chamam de "mundo exterior", dominado pela classe política e burocratas que servem à morte e à destruição.
posso desenvolver a ideia se quiser, mas tem outros pontos para levantarmos:
1. Uma autora não é sua obra, um artista não é sua tela.
Obviamente os livros de Rand vão conter parte de sua personalidade, mas sinceramente não me importa tanto como ela viveu sua vida enquanto estou lendo o livro, entende o que digo?
Ela viver da forma que diz ou não viver da forma que diz não me importa tanto quanto o que sinto e as ideias que apreendo durante a leitura,
obviamente é necessário desenvolver espírito crítico e pensar sobre o que se lê, o fato de desfrutar a obra não quer dizer que eu concorde com ela em sua totalidade, na verdade me sinto como atravessando um túnel ou fazendo uma viagem, ainda não parei para integrar tudo e refletir sobre o livro, farei isso quando acabar a leitura daqui alguns dias.
O que posso afirmar agora é:
A Revolta de Atlas é uma obra-prima, sou muito grato ao tempo de vida que Ayn Rand dedicou à escrever esse livro, e de todos os livros que já li (e foram muitos) posso afirmar com certeza que esse está entre meus favoritos.
O livro é incrível e a coisa que mais tenho vontade de fazer desde que comecei é lê-lo sem parar, 1200 páginas parecem assustadoras mas a verdade é que a narrativa te prende e se desenrola num ritmo sensacional, não tem partes chatas, isso por si só já é algo que me admira muito
Obrigado de novo @Disruptivas
O mesmo ocorre com uma tela, saber a vida do artista e o contexto da obra modificam sua percepção sobre ela, mas o que será mais importante? O que o artista viveu ou o resultado de sua obra trazido ao mundo?
De nada, pra mim foi exatamente igual foi contigo! Uma super experiencia que eu não conseguia mais deixar o livro, então é sempre uma honra quando alguém resolve ler o livro.
E como o Lucas apontou, minha impressão é que a maioria das pessoas que comenta sobre a Atlas não leram/fizeram reflexões profundas sobre as ideias, interações e contradições vividas ali. Nessa caso do Galt ser rico e comprar seus vizinhos, realmente parece que a pessoa perdeu uma parte importante da historia rs